Janize Colaço   |   30/10/2017 13:57

Embraer não irá revisar cenários com Airbus-Bombardier

Embora o cenário não seja dos mais favoráveis à Embraer, a montadora brasileira afirma que não vê razões para revisar o cenário de vendas e de concorrência — visto o recente anúncio da sociedade entre a Airbus e a Bombardier

Divulgação/Embraer
O próximo ano tem sido projetado para, possivelmente, obter menores lucros operacionais por conta da transição de famílias de jatos comerciais.
O próximo ano tem sido projetado para, possivelmente, obter menores lucros operacionais por conta da transição de famílias de jatos comerciais.


Embora o cenário não seja dos mais favoráveis à Embraer, a montadora brasileira afirma que não vê razões para revisar o cenário de vendas e de concorrência — visto o recente anúncio da sociedade entre a Airbus e a Bombardier na produção de jatos comerciais C-Series.

Em uma teleconferência posterior à divulgação dos resultados do terceiro trimestre, o vice-presidente executivo financeiro e de relações com investidores da Embraer, José Felippo, afirmou que ainda é preciso aguardar os desdobramentos do negócio firmado. “Mas não vemos motivos para revisar nossos cenários”, salienta Felippo.

Apesar disso, o executivo destacou que a montadora brasileira considerou o cenário comercial em que a canadense Bombardier estará inserida. Recentemente, a Bombardier recebeu taxa punitiva por parte do governo estadunidense, que pode chegar a 300%, visto que a Boeing acusou a empresa de praticar dumping e receber subsídios do governo do Canadá.

Felippo ainda destacou que, a curto prazo, a empresa enxerga uma relevância limitada com a trajetória de vendas dos jatos E-2, a nova família que a montadora começa a entregar no ano que vem. Além disso, ele ainda espera uma maior racionalidade na política de preços da Airbus, uma vez que a Bombardier praticou uma política de preços de venda abaixo dos custos.

PROJEÇÕES PARA 2018
O próximo ano tem sido projetado para, possivelmente, obter menores lucros operacionais por conta da transição de famílias de jatos comerciais. Segundo o executivo, o ano que vem será atípico.

"Normalmente divulgamos nossas estimativas para o ano seguinte no início do ano, mas neste ano antecipamos para informar ao mercado nossas projeções que levam em conta um ano especial que é de transição de famílias de jatos comerciais, dos E-2", afirmou o executivo.

De acordo com a empresa, a previsão é de 85 a 95 jatos comerciais e de 105 a 125 aviões executivos sejam entregues.


*Fonte: Valor Econômico

conteúdo original: http://bit.ly/2iNNuXl

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