Da Redação   |   05/10/2016 11:39

Furacão Matthew já causa mortes e destruição no Haiti

O furacão Matthew atingiu o Haiti e já deixa um rastro de destruição e mortes pelo caminho. Com ventos de até 230 quilômetros por hora, o fenômeno é considerado o mais forte da última década e deixou, de acordo com fontes ofic

National Hurricane Center

O furacão Matthew atingiu o Haiti e já deixa um rastro de destruição e mortes pelo caminho. Com ventos de até 230 quilômetros por hora, o fenômeno é considerado o mais forte da última década e deixou, de acordo com fontes oficiais, ao menos três mortes. As informações são da Agência Ansa.

"Nós vimos muitos mortos. Pessoas que saíram para o alto-mar. Há pessoas desaparecidas. Há pessoas que não respeitaram os alertas e eles perderam as suas vidas", disse o presidente interino do Haiti, Jocelerme Privert, em coletiva de imprensa na última terça-feira (4).

Meteorologistas apontam que, além dos fortes ventos, o acumulado de chuvas nas próximas 24 horas pode atingir os 100 milímetros – tanto no Haiti como na República Dominicana. Já a costa sul dos Estados Unidos está se preparando para enfrentar o fenômeno amanhã (6).

Há muita preocupação, especialmente, sobre a situação do Haiti, uma vez que cerca de 70% da população ainda vive de maneira precária após o terremoto de 2010. Milhares de pessoas ainda moram em tendas improvisadas, que podem ser facilmente destruídas pela força do Matthew.

ELEIÇÕES SUSPENSAS
As fortes chuvas trazidas pelo fenômeno já inundaram grande parte do Sul do país. Segundo o responsável pela agência de meteorologia local, Robert Semelfort, a situação deve melhorar um pouco a partir de hoje (05).

Além disso, o Haiti se prepara para eleições presidenciais no próximo domingo (09). Em nota, as autoridades locais informaram que "ao menos por enquanto" o pleito está suspenso "e a situação será avaliada ao fim da passagem do furacão".

EVACUAÇÕES
Por causa da intensidade do furacão Matthew, a República Dominicana decretou estado de emergência em 15 dos 32 estados do país e anunciou a evacuação de 15 mil pessoas de áreas consideradas de risco, informou o governo local.

Já as autoridades cubanas anunciaram a evacuação de 300 mil pessoas da área oriental da ilha por causa do fenômeno climático, especialmente na região de Guantánamo e de Santiago de Cuba, onde o presidente Raúl Castro está desde o final de semana.

"É necessário nos prepararmos porque não temos outra escolha. Esse furacão pode ter o dobro da potência do Sandy", disse Castro, ao citar o evento ocorrido em 2012.


*Fonte: Agência Brasil

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