MTur: parques temáticos e aquáticos não sentiram a crise

A crise econômica parece não estar atingindo o setor de parques temáticos e aquáticos no Brasil. Os primeiros meses de 2016, marcados pela retração ou estagnação em diversos segmentos do Turismo, foram de números positivos para os parques.

À Agência de Notícias do Turismo, o presidente do Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat), Alain Baldacci, afirmou que “com a chegada do verão é esperado um aumento de movimento nos parques aquáticos. O Wet'n'Wild, por exemplo, registrou 5% de crescimento no número de visitantes de janeiro a julho de 2016, na comparação com igual período de 2015”.

“O sucesso dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 certamente terão reflexo na visitação dos parques, especialmente de turistas de países vizinhos como a Argentina”, opinou o dirigente.

O ministro interino do Turismo, Alberto Alves, concorda que o Brasil tem muito potencial no segmento de parques temáticos e aquáticos e os números de aumento de visitantes comprova isso. "Precisamos apoiar o setor para impulsionar ainda mais essa vocação e estimular o aumento do turismo doméstico com essas atrações”.

Omelhor parque temático da América do Sul, segundo o Tripadvisor, o Beto Carrero World, em Santa Catarina, não poderia ter obtido resultados diferentes. Após seguidos anos de crescimento superior ao da média da economia nacional, na faixa dos 10%, o parque mantém a projeção para 2016.

Os números positivos são registrados também em parques de menor porte. O gaúcho Snowland, de Gramado, atingiu crescimento de 5% nos sete primeiros meses do ano, no comparativo com mesmo período de 2015. Ainda mais impressionante é a marca do Alpen Park, em Canela (RS), que registrou aumento de público de 18% entre janeiro e agosto.

HOPI HARI
Enquanto grande parte dos parques temáticos brasileiros comemora o bom momento, um dos nomes mais famosos do setor nos últimos tempos pode estar se despedindo do público. O Hopi Hari, localizado em Vinhedo (SP) solicitou à justiça um pedido de recuperação judicial, mas foi negado pela 2ª Vara Cível da Justiça de Vinhedo.

A dívida do parque chega a R$ 300 milhões (sendo R$ 200 milhões contraídos junto ao BNDES), e nos últimos meses o parque passou por diversas greves de funcionários, por conta de salários atrasados.

*Fonte: Agência de Notícias do Turismo