Felippe Constancio   |   23/08/2016 22:25

Lide Futuro discute cultura do empreendedorismo de startups

No evento Like Future, do Lide Futuro, o presidente da entidade, Rafael Cosentino, subiu ao palco com o CEO da Sambatech, Gustavo Caetano, para intermediar o pate-papo com o CEO da Mundo Verde, Charles Martins, o presidente da rede de laboratórios Dasa, Pedro Bueno, e o CEO da Óticas


Jhonatan Soares

A ágora dos líderes empresariais do setor privado reuniu jovens de destaque em empreendedorismo na noite desta terça-feira (23), em São Paulo, para debater o papel da nova geração diante dos atuais desafios que a tecnologia impôs a grandes empresas. No evento Like Future, do Lide Futuro, o presidente da entidade, Rafael Cosentino, subiu ao palco com o CEO da Sambatech, Gustavo Caetano, para intermediar o pate-papo com o CEO da Mundo Verde, Charles Martins, o presidente da rede de laboratórios Dasa, Pedro Bueno, e o CEO da Óticas Carol, Ronaldo Pereira.

"Estamos vivendo um momento único da História em que as (empresas) pequenas têm chance sobre as grandes", colocou Gustavo Caetano em uma comparação entre Davi e Golias.

"Você vai comprar hoje o mesmo dispositivo no futuro, só que ele será duas vezes mais potente e terá o mesmo preço. Hoje você tem no bolso o que no passado era um CPU gigante cheio de ventilador dentro. A primeira vez que se estudou o genoma humano foi um custo de US$ 100 milhões. Hoje com mil dólares é possível. O que isso permite? Que startups estudem o genoma, o que antes só os grande poderiam", comenta o empreendedor considerado um dos 15 brasileiros mais influentes da internet pela revista GQ.

Para o CEO da Sambatech, é necessário ter como meta se reinventar. "Hoje não são só os grandes que conseguem entrar nos grandes mercados. E mesmo esses caras, se não pensarem em se reinventar, a chance de sobreviver pode ser muito pequena, porque a competição é cada vez maior."

Com a palavra, Charles Martins, contou experiências de decisões administrativas envolvendo risco na Mundo Verde e observou que características comuns dos jovens empreendedores merecem ser observadas por executivos da alta administração de empresas hoje em dia. "Nos Estados Unidos é bem comum um empresário falar que já quebrou uma, duas, três vezes. É preciso experimentar. Muitas vezes o executivo prefere ficar mais conservador, proteger seu negócio. Mas experimentar é agir."

Caetano complementou dizendo que uma das características da cultura do empreendedorismo nas startups é o maior apreço pela execução menos esforços ao planejamento. "A lógica agora é falhar. E falhar rápido. Se você não falhar você não vai descobrir caminhos diferentes. Sua mente não vai projetar um mundo diferente. Muita empresa não consegue falhar porque acha que é errado".

Ao contar sua trajetória profissional iniciada aos 16 anos, Pedro Bueno, que é CEO dos laboratórios Dasa desde 2014, ressaltou a importância das grandes empresas de sedimentar um terreno para a cultura da inovação. "Uma empresa grande tem muito capital para investir e atrair as melhores pessoas. Então, não tem porque ela ficar sempre na retaguarda. Você só tem que criar esse mindset de estar na frente."


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