Felippe Constancio   |   27/10/2016 16:06

Empresas de energia terão 2017 "volátil" nas viagens corporativas, aponta estudo

O estudo traz dados para que buyers planejem orçamentos para o próximo ano

Damian Gadal/Flickr

As empresas do setor de energia, recursos e marinha terão um ano "volátil" quanto às viagens corporativas de 2017. Esta é a previsão do mais recente estudo da CWT Energy, Resources & Marine - braço da Carlson Wagonlit para gestão de viagens de organizações de petróleo e gás, fontes diversificadas e mineração, offshore, serviços de marinha e energias alternativas.

Baseado no singelo avanço dos preços das commidities, no sinal de melhora na economia de países desenvolvidos e emergentes e nos aumentos em recursos de energia alternativa e renovável, o estudo traz dados para que buyers planejem orçamentos para o próximo ano.

"Esperamos que haja algum crescimento, mas conforme dados mostrados no relatório, haverá também volatilidade. Gestores de viagens precisam compreender como estas pressões impactarão seus programas de viagens, para manterem-nos eficientes e em conformidade", ressalta o vice-presidente sênior de Programas Globais da CWT Energy, Resources & Marine, Raphael Pasdeloup.

O estudo prevê que a recessão brasileira desacelere com sinais positivos ainda em 2017. Ainda assim, cita a dependência da economia nacional em relação a commodities, os impactos das alegações de corrupção na Petrobras e os custos provocado pela Samarco na maior catástrofe ambiental do País, que deve render à controladora Vale mais de US$ 7 bilhões em multas.

O estudo foi feito com base em informações macroeconômicas da agência Moody’s, do Departamento de Pesquisa do Fundo Monetário Internacional, das Nações Unidas enquanto as projeções foram obtidas com base em dados de transações do portfólio global de clientes da CWT.

AÉREO
BriYYZ/Flickr

Enquanto os Estados Unidos prometem estabilidade nas viagens aéreas, outras economias do continente americano podem ver volatilidade de preços, com operadoras regionais sendo agressivas em sua precificação.

Quanto à China, as tarifas aéreas devem aumentar em 2017, ao passo que Europa e Oriente Médio devem ver os preços estáveis ou menores no aéreo.

HOTELARIA
Já no setor hoteleiro, as diárias e tarifas em hotéis devem se manter ou cair globalmente, com à exceção das Américas, que estão propensas a um pequeno aumento nas tarifas de hotéis. Segundo a CWT, isso se deve à consolidação da indústria.

ESTRATÉGIAS
"Gestores de viagens possuem diversas opções para melhorar suas aquisições em 2017. Uma revisão trimestral de seu gasto com aéreo pode ajudá-los a negociar melhores tarifas. Gestores de viagens devem também considerar aproveitar as tarifas mais baixas ou estáveis em hotéis para negociar acordos de mais longo prazo", acredita Pasdeloup.


O estudo sugere ainda que os buyers inovem ao renovar tarifas corporativas. "Especialmente na região do Pacífico da Ásia, clientes têm implementado alternativas como bloqueio e pré-compra de bilhetes para escapar da flutuação de preços. Isso pode dar um retorno financeiro tanto ao cliente quanto à linha aérea."

Já na hotelaria, a sugestão é cogitar negociações para dois anos em vez de um - o que estenderia as atuais vantagens trazidas pelas condições do mercado no momento e evitaria os aumentos do ano que vem. Ainda assim, o relatório ressalta a importância de se considerar as fusões e sugere proatividade no sourcing. "Engaje de forma mais profunda com as redes."

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