Leonardo Ramos   |   21/09/2018 16:30

Nova aérea de Neeleman tem detalhes revelados; saiba mais

Sob o nome Moxy, nova aérea de Neeleman deve ser lançada em breve; preços de ultra low cost previstos pelo empresário

Emerson Souza
David Neeleman deve lançar em breve oficialmente low cost nos Estados Unidos
David Neeleman deve lançar em breve oficialmente low cost nos Estados Unidos

Parece estar cada vez mais perto o lançamento oficial da nova companhia aérea de David Neeleman. Após ser revelada a encomenda de 60 aeronaves Airbus 220-300 para a nova empresa, e ainda uma possível parceria com Azul e Tap para voos transatlânticos, uma entrevista do empresário revelada nesta sexta-feira (21) pelo Bloomberg traz mais detalhes de sua iminente estreia.

O primeiro deles é que se tratará de uma low cost. Não será uma igual a qualquer outra, porém: Neeleman planeja oferecer ao passageiro preços que categoriza como de uma ultra low cost. Está em seus planos também criar uma espécie de "menu de serviços", o que seria uma forma de contrabalancear as baixas tarifas, além de ser uma nova maneira de personalizar sua experiência - produtos como alimentação e maior espaço para as pernas estariam entre as várias opções de compra dos clientes da empresa.

Em entrevista ao site estadunidense, Neeleman descreveu ainda sua futura transportadora como "tecnologicamente avançada", com uma mistura de trajetos entre voos curtos dentro do país e rotas mais longas - todas operadas pelos jatos de corredor único A220 encomendados pela companhia.

A prioridade, porém, deve ser atender rotas mais escassas, incluindo aquelas para cidades secundárias, algo já feito pela Azul dentro do Brasil. Os destinos, no entanto, não foram revelados pelo empresário.

O nome da empresa, que era uma grande incógnita, já estaria também definido. Antes descartado pelo empresário por já ser atribuído a uma marca de hotéis do Marriott, o nome Moxy foi citado por Neeleman.

Além de ter sido o fundador da Azul, ele é nome por trás da Jetblue, West Jet e Morris Air. Em 2015 adquiriu 61% da Tap, enquanto no ano passado comprou 32% das ações da francesa Aigle Azur, segunda maior do país e com quem a Azul iniciou um acordo de codeshare para a França.

A220 É MOTIVAÇÃO

Divulgação
Maior conforto e menor gasto de combustível motivou Neeleman a abrir low cost
Maior conforto e menor gasto de combustível motivou Neeleman a abrir low cost

As encomendas de aeronaves A220 serão finalizadas em "questão de semanas", disse Neeleman, enquanto a transportadora deve solicitar autorização federal para operar nos Estados Unidos em meados de 2019. Os voos, porém, não devem começar antes de 2021, quando chega o primeiro avião A220.

Vale destacar que o preço de um A220-300 gira em torno de US$ 91,5 milhões, o que faz a encomenda de 60 unidades chegar próximo dos US$ 550 milhões.

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