Artur Luiz Andrade   |   08/04/2020 14:08
Atualizada em 08/04/2020 14:15

Cidades do litoral paulista temem invasão de turistas no "feriado"

Cidades do litoral paulista e interior estão temerosas em relação ao feriado da Sexta-feira Santa, dia 10


Emerson Souza
Vinicius Lummertz, secretário de Turismo de São Paulo
Vinicius Lummertz, secretário de Turismo de São Paulo

Informações do Monitoramento Turismo/Covid-19 da Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo mostram que as cidades do litoral paulista estão temerosas em relação ao feriado da Sexta-feira Santa, dia 10. Várias cidades estão restringindo o acesso às praias e fechando alguns serviços, como meios de hospedagem e a locação por temporada.

O medo é uma invasão de turistas e o aumento do contágio do novo coronavírus nas cidades, que, geralmente, têm estrutura limitada, incluindo de saúde. Apesar de muita gente estar em isolamento social, outros continuam trabalhando e possuem casas de praia, e poderiam viajar para desestressar e sair um pouco de casa, apesar das recomendações para não fazê-lo.

No ano passado, cerca de 1,8 milhão de turistas passaram pelas rodovias do Estado no feriado da Páscoa. Este ano, a recomendação oficial é ficar em casa e adiar viagens.

Também para não incentivar as viagens e fazer as pessoas cumprirem a recomendação de isolamento social, os três maiores santuários católicos do Estado terão suas celebrações transmitidas por canais digitais. É o caso de São Miguel Arcanjo, Aparecida e Tambaú, conhecida pelo beato Donizetti.

Outras cidades turísticas do Estado também estão com restrições a viagens e serviços ligados a Turismo, como as do Circuito das Águas, da região da Mantiqueira Paulista e Olímpia, que suspendeu a operação de seus resorts e parques aquáticos. As praias fluviais de Ilha Solteira, Adolfo e Mira Estrela também foram fechadas, respeitando a proibição de aglomerações.

Segundo o secretário de Turismo de São Paulo, Vinicius Lummertz, os dez feriados prolongados de 2020 eram uma grande aposta para este ano, com impacto de pelo menos R$ 1,5 bilhão para a economia. “É muito dinheiro? Sem dúvida e isso é uma conta conservadora. Mas não vale uma vida. No próximo feriado, fique em casa. É a melhor decisão”, disse o secretário Lummertz.

Paralelamente, o governo federal deve anunciar em breve a autorização para que todos os feriados do ano sejam antecipados para este período de quarentena. Ou seja, nada de feriado no segundo semestre. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já declarou que a medida está aprovada.

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