Mercado de cruzeiros brasileiro é subestimado, diz CEO da MSC
Gianni Onorato abordou a indústria de cruzeiros no Brasil e no mundo no Fórum PANROTAS 2023

"No Brasil, somos os líderes. Anteriormente, tínhamos embarques apenas em Santos e Rio de Janeiro, mas agora adicionamos Salvador, Maceió e Itajai (SC). Temos seis navios operando na América do Sul, sendo cinco partindo de portos brasileiros. Atualmente, são mais de 200 mil cabines disponíveis no País, representando um crescimento de 68% de crescimento comparado à temporada 2019/2020", afirmou. Esse crescimento, inclusive, reflete, nas comissões pagas aos agentes, que estão estimadas em mais de R$ 200 milhões para essa temporada.
CRESCIMENTO
Gianni Onorato explorou o recente sucesso global da MSC Cruzeiros. "Somos a terceira maior companhia, atrás de duas armadoras norte-americanas. Estamos crescendo de forma que temos 21 navios, com novo navio para ser inaugurado em junho. Ao mesmo tempo, desenvolvemos a marca de luxo Explora Journeys, que estreia este ano. Em 2023, estamos de volta aos eixos. São quatro milhões de passageiros, crescimento de 54% comparado a 2019. Estamos saindo muito bem desse momento delicado que foi a pandemia", afirmou.O CEO também reforçou o contínuo investimento da companhia em novos navios, mesmo durante a pandemia, que foi possível devido à atuação do Grupo MSC no transporte de cargas. Em 2021, a MSC inaugurou o MSC Seashore; e em 2022, inaugurou o MSC Seascape e o MSC World Europa.
INVESTIMENTOS
Os investimentos em navios não param aí. "O MSC Euribia, nosso mais novo navio, será o mais sustentável do mundo. Queremos tomar a liderança nas viagens marítimas sustentáveis. Teremos um itinerário nos fiordes noruegueses, onde outros navios não são permitidos", disse Onorato. Depois do Euribia em junho deste ano, o próximo navio da companhia será o MSC World America, com 2,7 mil cabines com capacidade para até 7 mil passageiros, que será inaugurado em Miami e funcionará com gás natural (GNL).
SUSTENTABILIDADE
Após mostrar os novos navios que serão movidos com combustíveis sustentáveis, o CEO da MSC Cruzeiros abordou a importância do tema para a companhia. "Os clientes levarão cada vez mais em consideração as iniciativas de sustentabilidade das empresas das quais consomem. Então estamos investindo nas tecnologias inovadoras disponíveis e estamos traçando meta de reduzir a emissão de CO2 em 40% até 2030, e acreditamos que alcançaremos três anos antes, em 2027. A meta é zerar as emissões até 2050", afirmou.No entanto, a MSC ainda avalia como lidar com o lixo e a reutilização da água, por exemplo. "Para alcançar o net zero, precisamos desenvolver e ter em escala novas tecnologias e combustíveis de baixa/zero emissão. Queremos assegurar vocês de que estamos trabalhando nessas iniciativas e estamos comprometidos com um futuro mais sustentável", explicou.
DESAFIOS
Onorato, em seu painel no Fórum PANROTAS, também abordou as atuais incertezas econômicas, afirmando que em seus 37 anos de carreira, "os últimos três foram os piores da minha vida. No entanto, na minha experiência, quando houve dificuldades econômicas, cruzeiros provaram ser um produto de sucesso por seu custo benefício. Boa comida, produtos de auto cuidado e viagens são algo que as pessoas não deixam para depois. Sempre haverá demanda".O Fórum PANROTAS 2023 conta com a aliança institucional da CNC Sesc Senac, com patrocínio do Sebrae Nacional, e também de Accor, Ancoradouro, Aviva, Bee2Pay, Befly, BWH Hotel Group, Clickbus, Copastur, Coris, CVC Corp, Delta Air Lines e Latam Airlines, Disney Destinations, Elo, ETS, Gol Air France-KLM, Grand Palladium, Grupo Cataratas, Grupo Decolar, Grupo Leceres, Grupo R1, GTA, Iberostar, Localiza&Co, Maceió CVB/Sedetur Alagoas, Mato Grosso do Sul, Mondiale, Movida, Omnibees, Royal Palm Hotels and Resorts, Sabre, Sheraton São Paulo WTC Hotel, Shift, Tes Cenografia, Tour House, ViagensCorp, ViagensPromo, Visit Argentina e Visite São Paulo.