Filip Calixto   |   09/08/2021 13:50

Pandemia acelera digitalização no atendimento do Turismo

O Sebrae aponta que 85% das empresas turísticas brasileiras se digitalizaram no último ano


Reprodução
Pesquisa do Sebrae aponta que 85% das empresas turísticas brasileiras se digitalizaram no último ano
Pesquisa do Sebrae aponta que 85% das empresas turísticas brasileiras se digitalizaram no último ano
Levantamento realizado pelo Sebrae mostra que o período de pandemia foi utilizado por boa parte das empresas, sobretudo no Turismo, para acelerar o processo de digitalização no atendimento. De acordo com a pesquisa "O impacto da pandemia do coronavírus nos pequenos negócios", que teve a FGV como parceira, 85% das empresas turísticas brasileiras se digitalizaram no último ano.

Nos setores gerais do comércio e serviços, essa mudança ocorreu em 67% dos negócios do País, sendo o WhatsApp, Instagram e Facebook as plataformas mais procuradas para esse processo, respectivamente.

Os dados indicam que o Turismo teve uma média geral superior aos demais avaliados, o que coloca o segmento na liderança dos setores que mais digitalizaram suas operações para atravessar a crise. Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), explica algumas razões para esta mudança: "A situação do nosso setor é preocupante. Desde o ano passado, estamos sofrendo perdas progressivas com a redução de circulação de turistas no País. Diante desse cenário, foi necessário inovar. Por essa razão, estudamos formas de minimizar os prejuízos e, assim, a digitalização surgiu como uma forte aliada para muitos negócios", comenta.

Uma das mudanças mais perceptíveis diz respeito aos bares e restaurantes. Muitos estabelecimentos, vendo a queda do faturamento, buscaram novas maneiras de alcançar o público. O delivery surgiu, portanto, como uma ferramenta para ser aprimorada e melhor explorada.

Segundo a pesquisa da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), as comidas por entregas, assim como as compras de supermercado, tiveram um incremento nas vendas via internet. O levantamento indicou as duas categorias com maior crescimento no número de consumidores no comércio eletrônico.

Divulgação/Pedro Gelio
Alexandre Sampaio, presidente da FBHA
Alexandre Sampaio, presidente da FBHA
Para o presidente da FBHA, o investimento digital se tornou obrigatório em muitas regiões para que pudesse ser possível manter a renda dos estabelecimentos. Entretanto, muitas empresas tiveram prejuízos com as operações.

"Não tivemos saída: o mundo virtual auxiliou para não permitir o fechamento de milhões de negócios. Buscamos plataformas e estratégias que mantivessem a renda, mas não podemos negar que o faturamento teve uma redução significativa. Com isso, apesar de novas ferramentas, ainda estamos sofrendo com os efeitos da pandemia”, complementa Sampaio.

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