Diego Verticchio   |   08/01/2014 16:36

"Teto do bom senso", diz Embratur sobre ação da Azul

O presidente da Embratur, Flávio Dino, elogia decisão e pede que outras aéreas e setor hoteleiro sigam o exemplo

A companhia aérea Azul anunciou hoje que sua tarifa mais alta no período da Copa do Mundo (entre 12 de junho e 13 de julho) será R$ 999. O presidente da Embratur, Flávio Dino (foto), elogia decisão e pede que outras aéreas e setor hoteleiro sigam o exemplo.

“A empresa mostra com isso apostar no crescimento a longo prazo do turismo no Brasil, e portanto, do fluxo aéreo em nosso País, não buscando obter apenas ganhos momentâneos, acima do teto do bom senso”, afirma Dino.

O presidente da Embratur pediu às outras empresas aéreas que operam no Brasil que adotem a mesma medida, como já havia proposto em reunião com o setor. Em ofício à Secretaria de Aviação Civil, datado de 26 de fevereiro de 2013, Dino propôs pela primeira vez a adoção de um limite para as tarifas. “Uma possível medida [contra a cobrança de preços abusivos] envolve a instituição de um teto tarifário, à semelhança do que vigora em outros serviços públicos executados por terceiros, inclusive no setor de transporte”, afirmava o texto de quase um ano atrás.

Dino também pede que o setor hoteleiro siga o mesmo exemplo, evitando a cobrança de tarifas bem acima da média internacional. “Se alguns poucos empresários de alguns segmentos do setor insistirem em preços abusivos, isso prejudicará a imagem de todo o País, ameaçando a realização dos objetivos almejados com o investimento público”.

Pesquisa feita recentemente pela Embratur, fora do período de alta demanda, revelou que os preços praticados pelo setor aéreo brasileiro estão acima da média praticada em outros países, levando-se em conta a distância entre os destinos. Ainda de acordo com a Embratur, levantamento do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de inflação medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), já mostra que, de 2005 a 2012, o preço das passagens aéreas tiveram uma elevação de 146% acima da inflação.

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