Beatrice Teizen   |   28/09/2022 20:55

Especialistas debatem desafios da indústria de viagens no Download

O que planejar, então, para 2023 e como o mercado brasileiro está se preparando?

O Brasil é um dos países que teve a retomada das viagens mais rápida do mundo. Discute-se globalmente que será muito difícil entregar um resultado positivo de maneira geral. Os clientes esperam serviço personalizado e flexibilidade. Isso se torna mais desafiador com o panorama de: falta de mão de obra especializada, um viajante diferente, preços super inflacionados e isso tudo sem perder o olhar para a sustentabilidade em travel.

PANROTAS / Emerson Souza
Peterson Prado (Avipam), Juliane Castiglione (Gol), Alexandre Cavalcanti (American Airlines), Thiago Castro (Hyatt), Jamyl Jarrus (Movida) e Alexandre Cordeiro (Paytrack)
Peterson Prado (Avipam), Juliane Castiglione (Gol), Alexandre Cavalcanti (American Airlines), Thiago Castro (Hyatt), Jamyl Jarrus (Movida) e Alexandre Cordeiro (Paytrack)
O que planejar, então, para 2023 e como o mercado brasileiro está se preparando? Quais os principais desafios da indústria de viagens para o ano que vem? Painel do Download reuniu especialistas de diferentes setores para tentar responder a estas questões.

“O que esperamos para 2023 em viagens corporativas e o que temos trabalhado é cada vez mais trazer uma experiência mais positiva para o cliente. Tivemos uma retomada muito forte com a pandemia, as pessoas procuraram por aluguel de carro ou de assinatura, então, a crise nos ajudou tecnologicamente a avançar mais rápido”, conta o diretor comercial da Movida, Jamyl Jarrus.

O mesmo desafio de atender o cliente e suas necessidades se vê na aviação. Para a American Airlines, três itens são essenciais para o crescimento da companhia no Brasil. Ter a rota que o cliente quer voar, oferta de assentos e produto.

“Não adianta colocar uma rota por razões indeterminadas, é preciso ter motivo. Além disso, por meio das parcerias, como com a Gol, atingimos uma capilaridade que não teríamos como operar. Então, é muito importante contar com parceiros estratégicos”, aponta o diretor da companhia no Brasil, Alexandre Cavalcanti.

A gerente de Vendas Corporativas da Gol, Juliane Castiglione, aponta que para o doméstico o movimento é parecido. “Precisamos entender qual a demanda e ser bem assertivos de onde vamos colocar a nossa oferta. Ver o que dá para fazer de rápido, agregar valor, sempre ouvindo o cliente. É muito importante saber quais são os projetos e novos destinos que a sua empresa precisa para fornecer o produto ideal.”

ESG

Os participantes do painel – que contou também com o diretor de Produto da Paytrack, Alexandre Cordeiro, o vice-presidente de Operações da Avipam, Peterson Prado, e o diretor de Vendas e Marketing do Hyatt, Thiago Castro – falaram ainda sobre ESG e a importância de se adotar práticas de sustentabilidade nas empresas. No entanto, mesmo com o tema bastante em alta, ainda é um desafio implementar, de fato, ações sustentáveis.

“Em 2016 contratamos uma empresa para compensar a emissão de carbono de todos os eventos realizados no Hyatt. Porém, seja do ponto de vista da precificação, os clientes ainda não estavam prontos. Digo que literalmente apenas dois deles, em 12 meses, optaram por fazer a compensação. Tem de ser uma via de mão dupla. Não dá para esperar que só o fornecedor assuma isso. Por isso esperamos o apoio de toda da cadeia”, pontua Castro.

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