Filip Calixto   |   12/02/2020 15:49

CNC revisa estimativa de crescimento do varejo em 2020 para 5,3%

Números estimados pelo CNC para 2020 foram baseados nos dados da Pesquisa Mensal de Comércio de dezembro, divulgada hoje (12) pelo IBGE.

Unsplash/MBM
Expectativa de alta para o varejo ampliado é de 5,3% e para o varejo restrito é de 3,5%
Expectativa de alta para o varejo ampliado é de 5,3% e para o varejo restrito é de 3,5%
A Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) reduziu de 5,4% para 5,3% a expectativa de alta nas vendas do varejo ampliado para 2020. Já no varejo restrito – que exclui os ramos automotivo e de materiais construção –, o indicativo é de alta de 3,5%. As projeções tiveram como base os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de dezembro, divulgada hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para o economista da CNC responsável pela análise, Fabio Bentes, as vendas neste ano deverão manter a atual tendência de alta, ancoradas no Produto Interno Bruto (PIB) e nos indicadores que medem o consumo das famílias. "Fatores como a permanência da inflação baixa e a expectativa de que a taxa básica de juros seja mantida no piso histórico fazem com que esperemos maior ritmo de atividade econômica em 2020", afirma.

CRESCIMENTO EM 2019

Ainda segundo aponta o PMC, o volume de vendas do varejo acumulou alta de 1,8% em 2019. O índice representa o terceiro resultado anual positivo do setor após as perdas significativas decorrentes da recessão encerrada em 2017. Para Bentes, a evolução real das vendas confirmou o processo de recuperação do varejo em 2019, uma tendência já prevista quando analisada a retomada do emprego formal no setor, no ano passado (+111 mil vagas).

Apesar disso, o economista da CNC chama a atenção para o fato de que, mesmo com a reação do consumo nos últimos anos, o atual volume de vendas do varejo ainda se encontra 6,5% abaixo daquele registrado às vésperas da recessão no final de 2014. "O setor deverá superar plenamente a crise somente no início de 2021", prevê.

Entre os dez segmentos pesquisados, destacaram-se positivamente comércio automotivo, farmácias, perfumarias e cosméticos e as lojas de utilidades domésticas. O destaque negativo ficou por conta do segmento de livrarias e papelarias que, ao sofrer retração de 20,7%, registrou seu pior resultado anual na série histórica, iniciada há 16 anos.

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