Gabriel Guirão   |   30/08/2010 23:57

“Cias. aéreas devem assumir o papel de agências”

A Airline Information, uma organização sem fins lucrativos dedicada a consultoria relacionada à indústria da aviação, realizou hoje um coquetel no Meliá Jardim Europa, em São Paulo, para discutir o futuro da aviação brasileira.

A Airline Information, uma organização sem fins lucrativos dedicada à consultoria relacionada à indústria da aviação, realizou hoje um coquetel no Meliá Jardim Europa, em São Paulo, para discutir o futuro da aviação brasileira. De acordo com o diretor geral da organização, Christopher Staab, o modelo de administração das aéreas nos Estados Unidos, Europa e Ásia já possui uma nova postura. “As cobranças por serviços, como alimentação, internet, entre outros, já são feitas à parte. O Brasil deve se atentar para estas mudanças como uma forma de dar mais lucros para as companhias aéreas”, analisou. “Os Estados Unidos ganham US$ 500 milhões por ano só com a cobrança de bagagem extra ou excesso de bagagem”, completou.

Esta nova estratégia, no entanto, depende de uma adequação para o mercado nacional, já que os brasileiros não estão acostumados a comprar serviços extras. “Algumas companhias aéreas já estão apostando nessa mudança, como a Azul, Gol, Webjet. A tendência é o cliente comprar somente o assento e pagar por outras facilidades. Com isso, os bilhetes teriam uma queda no preço, mas os lucros continuariam a serem computados”, explicou Staab.

Outra forma de garantir a rentabilidade das empresas aéreas é o controle absoluto das vendas dos pacotes, segundo Christopher. Além do bilhete, o executivo defende que as empresas precisam vender hotéis, transfers, passeios e aluguéis de carros. “A venda direta em seus sites garante maior rentabilidade. As companhias devem assumir a postura da agência de viagens para não perder na venda”, observou. Para o membro do conselho da Airline Information, Michael Smith, todas estas transformações estarão concluídas no mercado brasileiro entre três e cinco anos. “Nada é para sempre e as empresas precisam se atentar com o que está dando certo em todo o mundo”, disse Smith.

O código do consumidor permite que estas cobranças sejam feitas no Brasil. Porém, o diretor de Alianças da Gol, Marcelo Ribeiro, salientou que as mudanças devem ser feitas com cautela para não perder mercado para a concorrência.

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