Artur Luiz Andrade   |   12/05/2015 21:35

Variação cambial faz Gol ter prejuízo de R$ 672 milhões

A Gol divulgou seu balanço do primeiro trimestre do ano, quando obteve receita líquida de R$ 2,5 bilhões, estável quando comparado ao mesmo período de 2014. As receitas auxiliares e cargas atingiram R$ 277,8 milhões, um crescimento de 32,8% ante o 1T14

A Gol divulgou seu balanço do primeiro trimestre do ano, quando obteve receita líquida de R$ 2,5 bilhões, estável quando comparado ao mesmo período de 2014. As receitas auxiliares e cargas atingiram R$ 277,8 milhões, um crescimento de 32,8% ante o 1T14, o que representa 11,1% das receitas líquidas totais e que, segundo a Gol, ajudaram a compensar a queda na tarifa aérea (yield registrou baixa de 8,6%). A receita internacional registrou 11,2% de participação, alcançando R$ 279,6 milhões.

A variação cambial foi, segundo o balanço, de R$ 774,1 milhões (sem efeito no caixa imediato), sendo esta a causa do prejuízo de R$ 672,7 milhões registrados no trimestre. Desconsiderando o impacto da desvalorização cambial, o resultado da Gol seria positivo em cerca de R$ 100 milhões no período.

OUTROS INDICADORES
No 1T15, o lucro operacional (EBIT) da Gol atingiu R$ 153,8 milhões, com uma margem operacional de 6,1%, um aumento de 6,5% sobre os R$ 144,5 milhões registrados no 1T14, com margem de 5,8%. O EBITDAR foi de R$ 468,9 milhões, com uma margem de 18,7%, o que representa uma queda de 1,1 p.p. contra o mesmo período de 2014. No acumulado dos últimos doze meses, o EBITDAR registra R$1,8 bilhão, com margem de 17,8%.

No acumulado do ano, a taxa de ocupação total expandiu em 2,0 p.p., atingindo 78,1%. No mercado doméstico a taxa de ocupação foi de 78,9%, um aumento de 2,1 p.p. sobre o mesmo período do ano anterior. No mercado internacional a taxa de ocupação foi de 72,6%, uma evolução de 1,2 p.p. frente a 2014.

A taxa de câmbio ao final do trimestre foi de R$ 3,2080, superior em 41,8% quando comparado a taxa do 1T14 de R$ 2,2630. A taxa de câmbio média, foi superior em 21,4%, sendo R$ 2,8702 no 1T15 e R$2,3652 no 1T14. A desvalorização do real e variação cambial negativa também impactaram a dívida contábil da companhia e por consequência a alavancagem financeira (dívida bruta total ajustada/EBITDAR) que foi de 7,3x, frente aos 6,5x no 1T14.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.