Alex Souza   |   03/06/2015 15:00

GDSs argumentam contra taxa anunciada pela Lufthansa

O Grupo Lufthansa anunciou ontem, dia 2, que a partir de 1º de setembro passará a cobrar uma taxa de € 16 por cada bilhete emitido via GDS

O Grupo Lufthansa anunciou ontem, dia 2, que a partir de 1º de setembro passará a cobrar uma taxa de € 16 por cada bilhete emitido via GDS. A notícia repercutiu no mundo todo e, no Brasil, não foi bem recebida pelos representantes tanto das agências de viagens de lazer quanto das corporativas. Como era de se esperar, as empresas de GDS também se posicionaram contra a medida.

O vice-presidente do Sabre no Brasil e no Sul da América Latina, Luiz Ambar, disse que a taxa prejudica consumidores e agentes de viagens. “O sistema GDS é o canal de distribuição preferido e que oferece maior eficiência aos consumidores e agentes de viagens para fazer reservas e gerenciar viagens. Oferece também aos consumidores uma plataforma que disponibiliza transparência de preços, escolha e capacidade de compra comparativa”, disse em comunicado enviado ao Portal PANROTAS. “Nós estamos firmes sobre o valor que disponibIlizamos às companhias aéreas e agências de viagens, e esperamos chegar a um acordo que beneficie tanto a Lufthansa quanto as agências de viagens conectadas ao nosso mercado digital de viagens”, finalizou.

Também em comunicado, a Amadeus argumentou que a medida fere o viajante, que terá de pagar mais pelo mesmo serviço. “Ou, no caso de agência de viagens, ser obrigada a aceitar esta nova estratégia comercial adaptando a forma como acessam o conteúdo da LHG, com um custo adicional de TI que pode ser repassado ao viajante, colocando o agente de viagens e/ou cliente final em desvantagem.” A Amadeus destaca ainda que, com o modelo, o Grupo Lufthansa “tornará a comparação e transparência mais difícil, uma vez que os viajantes serão obrigados a acessar vários canais para buscar as melhores tarifas. Em última análise, a indústria global sairá perdendo com este modelo de distribuição.”

Na Travelport, a tese é a de que a taxa não é do interesse nem do viajante final e nem da companhia aérea. “Enquanto isso [a medida será implementada em setembro], os agentes conectados à Travelport no mundo todo ainda podem reservar a partir do conteúdo completo publicado por todas as companhias do Grupo Lufthansa”, diz a empresa.

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