A saída do Reino Unido da União Europeia, processo que ficou apelidado de Brexit, já gerou prejuízo a pelo menos uma companhia aérea. A lowcost Easyjet, uma das primeiras a, na época, alertar sobre os perigos da separação para a indústria de viagens, afirma que já teve custos elevados em 40 milhões de libras nas últimas quatro semanas, em função da perda de valor da moeda britânica após o Brexit ser decidido.

A afirmação foi feita pela CEO da companhia, Carolyn McCall, à rede britânica BBC. Segundo ela, a compra de combustível para as aeronaves da Easyjet se tornou bem mais cara, já que é feita em dólares, e a moeda norte-americana se valorizou frente à libra.

Carolyn fez as afirmações em meio à divulgação dos resultados trimestrais da Easyjet, que, independentemente do imbróglio britânico, geraram um alerta na companhia. Apesar do aumento no número absoluto de passageiros, que chegou a 20,2 milhões entre abril e junho, houve uma queda de 8% na receita por lugar ofertado, um indicador-chave para as companhias do setor.

O resultado foi atribuído pela CEO a um “extraordinário número de eventos externos”, como os ataques terroristas na França, na Bélgica e na Turquia. Com isso, as ações da Easyjet em Londres caíram mais de 6%.