A United Airlines mudou sua política de viagens para que os membros da tripulação não possam obrigar clientes já a bordo a desistirem de seus assentos, ou retirá-los dos voos, a não ser em casos de questões de segurança.

A companhia vai impor um tempo limite de 60 minutos antes da partida para que todas as reservas de tripulantes sejam feitas. Anteriormente, os colaboradores podiam fazer reservas até o momento da partida.

A mudança é parte da revisão da política de overbooking (onde uma companhia aérea pode vender mais passagens do que o número de pessoas que eles podem acomodar, para evitar lugares vazios e lidar com os famosos no show). A mudança se deu após o caso do passageiro David Dao, que foi removido à força do voo 3411, em Chicago, na semana passada, e teve o nariz quebrado e uma concussão. Relembre o ocorrido aqui.

Membros do programa Mileage Plus para passageiros frequentes da United foram informados sobre as mudanças em uma carta assinada pelo CEO da aérea, Oscar Munoz, em que o dirigente fala sobre sua vergonha com o incidente e pede desculpas por não cumprir com as expectativas dos clientes.
“Sabemos que não estamos à altura e, por isso, vamos redobrar os nossos esforços para ganhar a confiança de nossos clientes”, afirmou o CEO.

A carta ainda diz: "Em primeiro lugar, a United não pedirá aos policiais que retirem passageiros dos nossos voos, a menos que seja uma questão de segurança. Além disso, os voos deverão ser reservadas pelo menos 60 minutos antes da partida. Em terceiro lugar, vamos rever totalmente e melhorar nossos programas de treinamento para garantir que nossos funcionários estejam preparados e capacitados para atender nosso passageiros da melhor forma. Nossos valores e missão irão orientar tudo o que fazemos. Obrigado por conceder-nos a oportunidade de reconquistar a sua confiança."

*Fonte: Travel Mole

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