Ana Luiza Tieghi   |   25/05/2017 13:06

Crescem voos low cost entre Europa e Estados Unidos

O verão no hemisfério norte vai trazer uma leva de novos voos de aéreas low cost e ultra low cost fazendo a conexão entre Estados Unidos e Europa.

Divulgação
Avião da Eurowings, pertencente ao grupo Lufthansa
Avião da Eurowings, pertencente ao grupo Lufthansa

O verão no hemisfério norte vai trazer uma leva de novos voos de aéreas low cost e ultra low cost fazendo a conexão entre Estados Unidos e Europa.

A Norwegian Air vai introduzir 19 novas rotas transatlânticas e chegará a 43 voos ligando os dois continentes. Enquanto isso, a islandesa Wow vai acrescentar uma rota e chegar a oito destinos nos Estados Unidos em apenas dois anos.

A Condor e a Thomas Cook já dobraram seus voos durante o verão nos últimos dois anos. A Eurowings, do grupo Lufthansa, começou a voar para os Estados Unidos em 2016 e chega a quatro rotas neste verão e, em junho, o IAG vai lançar sua companhia de baixo custo transatlântica, a Level, partindo de Barcelona.

Porém, isso não significa que elas estão raptando todo o mercado. De acordo com a empresa de análise de dados na aviação OAG, low costs e ultra low costs serão responsáveis por 4.909 voos entre Estados Unidos e Europa neste verão, aumento de 1.662 sobre 2015 e quase o dobro sobre o número de voos do verão do ano passado.

É preciso lembrar do tamanho do mercado entre esses dois continentes: as aéreas regulares farão 100 mil voos do tipo neste verão, aumento sobre os 89 mil registrados no mesmo período do ano passado. Assim, as companhias econômicas terão apenas 4,7% de participação nos voos entre Estados Unidos e Europa, crescimento de 1,8% sobre 2015.

MUDANÇAS NO MERCADO
Mesmo sem roubar o lugar das aéreas tradicionais, as empresas de baixo custo estão ajudando a mudar o mercado. O aplicativo Hopper, que rastreia preços de passagens, aponta que os tíquetes econômicos ficarão 30% mais baratos neste verão do que eram em 2015.

Manter os preços cada vez mais baixos é um desafio para essas empresas. A Norwegian, por exemplo, teve prejuízo de US$ 173,9 milhões no primeiro trimestre deste ano, o que o CEO Bjorn Kjos atribuiu ao aumento do preço de combustível e ao valor do krone norueguês em comparação com a libra e o euro.

As companhias mais tradicionais também estão se adaptando. “Ajustamos nossos preços e parte do nosso mercado vai competir com as ultra low costs se necessário”, disse o vice-presidente sênior da Air France-KLM para a América do Norte, Marnix Fruitema. “Também educamos os consumidores, eles precisam fazer escolhas melhores na hora de comparar preços”.

Ultra low costs podem não oferecer despacho de bagagem grátis e até mesmo alimentação durante o voo, o que pode tornar passagens mais baratas de companhias tradicionais um competidor equivalente.


*Fonte: Travel Weekly

conteúdo original: bit.ly/2qnIhE5

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