Danilo Teixeira Alves   |   27/05/2013 19:26

Competição garante investimentos em aeroportos

A competição garante investimentos em aeroportos. Foi essa a conclusão do estudo preparado pelo Grupo de Economia da Infraestrutura & Soluções Ambientais, da escola de administração de empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV).

A competição é essencial para garantir investimentos em aeroportos. Foi essa a conclusão do estudo preparado pelo Grupo de Economia da Infraestrutura & Soluções Ambientais, da escola de administração de empresas de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas (FGV). O levantamento, coordenado pelo professor da FGV Fernando Marcato e pelo ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Gesner Oliveira, destaca o atraso dos aeroportos brasileiros em relação aos de outros países.

Para que os 20 aeroportos do País atendam ao forte crescimento da demanda, a uma taxa atual de 10% ao ano, serão necessários investimentos entre R$ 25 bilhões e R$ 34 bilhões até 2030, aponta a pesquisa. De acordo com Oliveira, “os aeroportos brasileiros estão em frangalhos”. Dados da Fiesp, que constam do levantamento do grupo, mostram que o número médio de pousos e decolagens por hora no Brasil é de 38, apenas 43% da média internacional, que é de 88.

Segundo o estudo, será necessário investir muito para dotar o Brasil de aeroportos adequados. “Um concessionário privado que visa lucro e tem que prestar contas aos seus acionistas só fará isto se houver boa regulação e concorrência para conquistar clientes”, afirma Oliveira. O estudo traz outros dados do setor aeroportuário do País. Mostra, por exemplo, que o tempo de liberação de cargas nos aeroportos brasileiros é dez vezes superior à média internacional. No Brasil, esse tempo é de 3,7 mil minutos ao ano, enquanto na média no Exterior é de apenas 324 minutos.

“O aeroporto é um mercado de duas pontas. Ele procura atender, ao mesmo tempo, as companhias aéreas e os passageiros. Em relação às empresas, os aeroportos competem no que diz respeito a tarifas aeroportuárias, serviços e infraestrutura. Já para os passageiros, o estabelecimento precisa ser dotado de atividades comerciais, qualidade e fácil acesso”, concluiu o ex-presidente do Cade.

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