Da Redação   |   23/10/2013 15:25

Gol opera primeiro voo comercial com biocombustível

O primeiro voo comercial brasileiro operado com biocombustível decolou hoje (23) no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com destino ao Aeroporto Juscelino Kubitscheck, em Brasília. A operação foi realizada pela Gol, que pretende utilizar a tecnologia em aproximadamente 200 rotas durante a Copa.

DA AGÊNCIA BRASIL

O primeiro voo comercial brasileiro operado com biocombustível decolou hoje (23) no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com destino ao Aeroporto Juscelino Kubitscheck, em Brasília. A operação foi realizada pela Gol, que pretende utilizar a tecnologia em aproximadamente 200 rotas durante a Copa do Mundo de 2014. O uso de bioquerosene pode reduzir em até 80% a emissão de gases de efeito estufa.

De acordo com a Abear, o combustível de aviação representa, atualmente, cerca de 43% do custo das passagens aéreas. A curto prazo, no entanto, essa mudança não deve repercutir tanto no valor da tarifa. "Com maior adesão a esse tipo de programa, acompanhado de políticas públicas, a tendência é que haja um ganho de escala a ponto de fazer com que esse combustível tenha um custo equivalente ao de origem fóssil", explicou o presidente da Gol, Paulo Kakinoff.

O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, considera que ainda é cedo para definir uma política pública de incentivo à utilização de biocombustível na aviação. Ele esclareceu que, inicialmente, a proposta foi garantir um padrão de sustentabilidade que melhore a vida no planeta.

A tecnologia do biocombustível, exclusiva para a aviação, foi desenvolvida pela empresa Amyris e não necessita de nenhum ajuste do maquinário do avião. O processamento do combustível do voo de hoje utilizou uma mistura de óleos vegetais, incluindo o de milho e o de cozinha já usado. "De todos os biocombustíveis, esse é o mais novo e, como a segurança exigida na aviação é quatro vezes maior do que qualquer outro veículo, trata-se de uma tecnologia mais sofisticada", justificou o professor do curso de engenharia química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Donato Aranda.

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