PANROTAS Brasília   |   08/12/2011 17:10

Obras nos aeroportos reduzirão número de voos em 2012

As obras que estão sendo realizadas nos aeroportos que irão sediar a Copa do Mundo em 2014 diminuirão drasticamente o numero de voos e a capacidade dos aeroportos, e os usuários sentirão os impactos já em 2012.

BRASÍLIA - As obras que estão sendo realizadas nos aeroportos das cidades que irão sediar a Copa do Mundo em 2014 diminuirão drasticamente o número de voos e a capacidade dos aeroportos, e os usuários sentirão os impactos já em 2012. De acordo com Ronaldo Jenkins de Lemos, diretor técnico do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), pelo menos dez aeroportos, nos próximos anos, entrarão em obras na pista e no pátio, setores que mais afetam a mobilidade nos aeroportos. "São obras importantes e grandes, que deveriam ter sido feitas há muito tempo, mas que foram empurrado com a barriga, e que agora têm de ser feitas para cumprir acordos internacionais", informou Jenkins, que participa do 6º Abetar, em Brasília.

De acordo com Carlos Ebner, diretor da Associação Internacional de Transporte Aéreo no Brasil (Iata), o problema dos aeroportos não é preocupante para a realização da Copa, mas sim no atendimento da demanda atual. "Um exemplo da falta de infraestrutura é o Aeroporto de Guarulhos, que está passando por problemas seríssimos de capacidade, gerando atrasos e filas", afirma. Segundo ele, a Infraero executará somente 25% das obras orçadas em 2011. "Os investimentos programados são insuficientes para atender a demanda. Entre 2003 e 2011 houve crescimento de 200% no número de passageiros, enquanto a taxa de crescimento na quantidade de aviões aumentou apenas 58%", informou.

Referente às concessões, a Iata já teve experiências em outros países e constatou que o envolvimento constante do usuário (tanto passageiros como empresas aéreas) é fundamental, além da necessidade de um agente regulador forte e uma fiscalização realizada por uma autoridade independente. "A falta de um marco regulatório em relação às concessões gera insegurança, podendo ocorrer lucros excessivos, com falta de transparência e serviços inadequados", avaliou.

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