Renê Castro   |   27/01/2010 19:48

Para Snea, 5 aeroportos não estarão prontos para Copa

Guarulhos (SP), Viracopos (Campinas), Presidente Juscelino Kubitschek (DF), Salgado Filho (RS) e Confins (MG). Estes cinco aeroportos não terão suas obras concluídas para a Copa do Mundo de 2014, segundo o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea)

Guarulhos (SP), Viracopos (Campinas), Presidente Juscelino Kubitschek (DF), Salgado Filho (RS) e Confins (MG). Estes cinco aeroportos não terão suas obras concluídas para a Copa do Mundo de 2014, segundo o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), que apresentou hoje, na capital paulista, um estudo sobre a situação da infraestrutura aeroportuária das 12 cidades-sede escolhidas para receber o mundial de futebol.

Além de criticar algumas das diretrizes tomadas pela Infraero, no que diz respeito aos investimentos nos equipamentos, o Snea reforça que a situação do setor é “bastante preocupante”. Veja abaixo trechos das análises feitas pelo sindicato sobre alguns projetos que podem não atender à Copa.

GUARULHOS
Em Guarulhos, maior aeroporto brasileiro, e que no ano passado recebeu 21,607 milhões de passageiros, a Infraero promete construir um terceiro terminal de passageiros, uma nova pista para taxiamento dos aviões e a implementação de um sistema de pista e pátio. Segundo o site da empresa, todas as obras estão em processo de licitação, o problema é que dois projetos, segundo o cronograma do Governo Federal, já estão atrasados: pista de táxi (início previsto para dezembro do ano passado) e construção do sistema e pátio (janeiro de 2010).

VIRACOPOS
Talvez um dos aeroportos que mais cresceu nos últimos anos, Viracopos, localizado em Campinas, no interior paulista, vive ainda um momento de evolução. Com a chegada da caçula Azul, o equipamento vem registrando aumentos mensais no fluxo de passageiros, e a tendência para os próximos anos é que esses números continuem em uma ascendente, até porque a portuguesa Tap já anunciou sua chegada. Porém, Viracopos sofre com a inexistência de fingers, sem contar a falta de espaço no pátio para a organização das aeronaves que não estão em operação. Para solucionar o problema, a Infraero montou um plano de expansão que prevê a reforma do terminal de passageiros existente, a construção de um novo espaço para os usuários e mais um pátio. Até o momento, o site da Infraero relata que o atual terminal será revitalizado após o planejamento para a contratação do projeto executivo; já a nova área para os viajantes e a construção do pátio aguardam licenciamento ambiental para a contratação do projeto.

BRASÍLIA
No Distrito Federal encontra-se uma das piores situações do País. O Aeroporto Juscelino Kubitschek, que opera muito acima de sua capacidade (o local tem capacidade para 10 milhões de paxs/ano, mas recebe 12,2 milhões de usuários), necessita ampliar a região sul do terminal de passageiros, mas o projeto encontra-se em elaboração, ainda segundo o site da Infraero. Com ou sem obras, a estimativa da Airports Council International (ACI) é que o local receba, em 2014, cerca de 19,9 milhões de pessoas.

PORTO ALEGRE
Situação parecida vive o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. Com previsão de receber 8,8 milhões de passageiros em 2014, o equipamento necessita, segundo o Snea, ampliar sua pista, assim como o espaço para o taxiamento das aeronaves, mas fará somente reformas no terminal de passageiros. A obra, prevista para iniciar em abril (e terminar em junho de 2013), está com o projeto em fase de revisão. A demanda de usuários já está 1,6 milhão acima da capacidade do aeroporto, segundo estudo do sindicato.

MINAS GERAIS
Reforma e modernização do terminal de passageiros e reestruturação e ampliação da pista de pousos e pista de taxiamento. Essas são as obras previstas para o aeroporto de Confins, em Minas Gerais. O equipamento, que recebeu 2,567 milhões de passageiros no ano passado, e que prevê, só em julho de 2014, movimentar 984 mil pessoas, aguarda a elaboração dos projetos. Quando as obras forem concluídas (2013), Confins continuará operando muito próximo da sua capacidade.

“Se considerarmos que as empresas responsáveis pelas obras (as que existem, é claro. Muitos projetos não tem ainda um responsável) têm 23 meses para a elaboração do projeto, sem contar que necessitam encerrar os processos de licenciamento ambiental, resolver trâmites jurídicos e executar das obras, é improvável que essas melhorias aconteçam a tempo”, concluiu o diretor técnico do Snea, Ronaldo Jenkins.

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