Vera Marcelino   |   03/05/2012 13:16

Trade lamenta suspensão de voo da Tap em Campinas

O voo Campinas – Lisboa, da aérea portuguesa Tap, estará suspenso entre outubro de 2012 e março de 2013. A notícia, enviada às agências de viagens, no último dia 27 de abril, foi recebida

O voo Campinas-Lisboa, da aérea portuguesa Tap, estará suspenso entre outubro de 2012 e março de 2013. A notícia, enviada às agências de viagens, no último dia 27 de abril, foi recebida com decepção no interior do Estado de São Paulo. Dentre as dificuldades apontadas pela empresa em relação ao Aeroporto Internacional de Viracopos estão: a inexistência de um free-shop, ausência de uma sala de embarque para passageiros da classe executiva e escassez de sanitários.

A aérea diz, em comunicado oficial, que “a companhia espera que neste período sejam criadas as condições para que o aeroporto que serve Campinas resolva alguns problemas que tornam a sua operação mais cara - devido, por exemplo, à inexistência de seus serviços de catering - e possa ser criada oferta de serviços de free-shop, indispensáveis em qualquer aeroporto com voos internacionais”. Ou seja, há chance de retorno.

A Infraero, por meio da assessoria de imprensa, destaca que o free shop foi licitado. As obras foram concluídas em março e o processo está em fase de liberação junto à alfândega. A própria empresa, por meio de seu 0800, no entanto, diz não ter previsão da inauguração da loja e admite que alguns passageiros também procuram a informação.

INDIGNAÇÃO
O presidente em exercício da Aviesp, Marcelo Matera, lamenta as interrupções e, principalmente, a possibilidade de as companhias não retornarem a Viracopos [a Pluna também suspendeu operação no aeroporto]. “A Aviesp sempre se empenhou muito para fazer com que Viracopos resgatasse – de fato – o título de aeroporto internacional. Apoiamos no que foi necessário e será um grande prejuízo caso as operações não sejam retomadas. Lamentamos porque isso também desestimula outras aéreas que porventura quisessem manter voos em Campinas. Viracopos é nossa grande opção a Guarulhos, mas as autoridades infelizmente não apoiam a proposta”, frisa.

Já o presidente do Campinas e Região Convention & Visitors Bureau, Sérgio Bicca, prevê dificuldades caso as aéreas internacionais não voltem a operar em Viracopos. O CVB prepara o lançamento de um plano de estruturação para captação de eventos internacionais para a região, o que será dificultado sem voos internacionais. “O cancelamento de voos fecha portões de entrada para a região. Esperamos que a resposta da administração do aeroporto seja rápida para reversão do quadro. Queremos é que seja ampliado o número de aéreas estrangeiras em Viracopos e não que elas vão embora”, conclui.

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