Artur Luiz Andrade   |   20/03/2014 23:54

Elói de Oliveira realiza sonho pessoal e emociona

Instituto Edo -Inclusão Social no Mercado de Turismo é sonho realizado do presidente do Grupo Flytour, Elói de Oliveira

O verdadeiro líder, não importa o segmento, não esquece sua origem, seus princípios, quem lhe abriu portas e as decisões difíceis que teve de tomar. E retribui à sociedade, de certa forma homenageando quem fez parte de sua jornada. Aos 63 anos, há 42 casado com Toni Khouri e há 40 à frente de um dos maiores grupos da indústria de turismo do Brasil, o Grupo Flytour, Elói D´Avila de Oliveira encerrou hoje, no Radisson Alphaville (SP), dois dias de convenção de venda das lideranças da Flytour lançando oficialmente o Instituto Edo (suas iniciais e também nome de sua primeira empresa no turismo). O Instituto Edo - Inclusão Social no Mercado de Turismo vai formar jovens carentes de 14 a 21 anos, ajudando na sua inserção no mercado de trabalho e no processo de cidadania que muitas vezes é negado no Brasil aos menores desfavorecidos.

“Já faz tempo que saí das ruas. Já viajei o mundo todo. Poucos lugares têm crianças tão abandonadas quanto no Brasil. Na minha vida, tive várias portas abertas e hoje estou realizando um sonho pessoal e a maior conquista profissional desde que fundei a Flytour. Eu e Toni temos o sonho de ver nossos netos formados e criados. Na Flytour esse era meu sonho e hoje estou realizando com a ajuda de diversas pessoas que aqui estão e que abraçaram esse sonho comigo”, disse, em discurso emocionado, um dos mais bem sucedidos empresários da indústria. E ele confessou logo depois: “nunca foi tão difícil falar”.

FUGA PARA SÃO PAULO
Elói contou detalhes de sua vida nas ruas em Porto Alegre, vendendo pastel perto do aeroporto e morando com uma irmã, que criava os 14 irmãos desde que a mãe falecera. “Minha irmã foi uma guerreira mas eu fugi três vezes de casa, indo buscar minha vida em São Paulo e depois no Rio”, disse. Na capital paulista relembrou o período em que morou com uma família (e a neta do seu Manoel, que o acolheu, hoje trabalha na Flytour), a decisão de ir para o Rio, o medo das decisões da vida e até o pensamento em acabar com tudo pulando do Viaduto do Chá. “Ali decidi não desistir e vi que era o início de tudo”, revela em um vídeo que conta sua história.

Foi para o Rio, trabalhou com turismo na Stella Barros, com a Vovó Stella, foi contratado pela Linhas Aéreas Paraguaias e em 1974 abriu a Flytour, hoje uma empresa que obteve faturamento de R$ 4 bilhões em 2013. “Vou parar quando empregar cinco mil funcionários”, revela, no mesmo vídeo. “Ele já falou isso antes. Não vai parar nunca”, emenda Toni, a companheira de mais de quatro décadas, mãe dos quatro filhos, todos trabalhando no grupo (o casal tem cinco netos). Os filhos, claro, estavam no lançamento do Instituto Edo: Christiano, diretor da Flytour Amex Business Travel, Henry, diretor da consolidadora, e Eloí, novo diretor de Marketing do grupo (antes, ele tinha sua agência de publicidade, que atendia a Flytour). Apenas Fábio, diretor de Franquias, não compareceu, pois está na Europa a trabalho.

DOIS CURSOS
O resto é a história de sucesso que inclui a compra da Amex Brasil, a abertura de uma operadora, os investimentos em tecnologia e a construção de uma sede, em Alphaville, que é símbolo da filosofia Flytour.

E é em Barueri, onde fica Alphaville, a primeira iniciativa do Instituto Edo. Serão três turmas com aulas durante seis meses, de auxiliar de escritório ou turismo. Os 70 alunos do primeiro curso terão entre 14 e 21 anos e os de turismo entre 16 e 18. São três horas diárias de aula na escola Professora Elizabeth Parminondi Romero, em Barueri. Professores do Senac darão as aulas e há acompanhamento com as famílias, escolhas de padrinhos para acompanhar as etapas de estudo e colocação no mercado de trabalho, entre outras iniciativas. O projeto começa com apoio da Prefeitura de Barueri, Intelly e Senac e a ideia é atrair mais parcerias.

Elói e Toni entregaram a Helen Khouri Barrionuevo, membro do Conselho da Flytour e gerente geral do projeto, um cheque de R$ 200 mil para início dos trabalhos. As primeiras tirmas deverão se formar em novembro.

“Os jovens brasileiros precisam de oportunidades. Essa é uma oportunidade de cidadania. Eu sei o que um emprego e autoestima podem fazer com um jovem carente ou que está nas ruas”, finalizou Elói Oliveira.

Saiba mais em www.institutoedo.com.br.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.