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Colaborador   |   11/07/2017 08:51

Artigo: o novo Turismo na era da economia compartilhada

As ferramentas tecnológicas oferecem oportunidades sem precedentes para o controle de gestão e de coordenação.

Entendendo o Novo Turismo na Economia Colaborativa e Compartilhada.
A evolução tecnológica e os impactos na gestão estratégica e no marketing de Turismo: e-Tourism:


Por: Prof Dr. Mario Carlos Beni - ECA/USP

As ferramentas tecnológicas oferecem oportunidades sem precedentes para o controle de gestão e de coordenação.

As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) devem ser consideradas como uma gama completa de tecnologias eletrônicas, de computação e de telecomunicação, incluindo todo hardware, software, netware necessários para o desenvolvimento e operacionalização da "infoestrutura" de uma organização.

A convergência observada, nos últimos anos, entre a internet e as TIC integra efetivamente toda a gama/conjunto de hardware, software e groupware, netware e humanware e torna tênues as fronteiras entre equipamentos e softwares ( Werthner & Klein,1999). Assim, as TIC são um sistema integrado de software e equipamentos ligados em rede, que permitem o processamento eficaz de dados e comunicação para o desempenho da organização.

O desenvolvimento da Internet introduziu uma série de novas ferramentas, bem como benefícios e desafios para as empresas.

A Internet permite a distribuição imediata de informações e serviços em todo mundo e veio revolucionar a interatividade entre os usuários do computador e os servidores. Funciona como uma janela para o mundo exterior e facilita a interatividade entre as organizações em nível global, instituindo uma plataforma inovadora para a troca eficiente e imediata de ideias, produtos e serviços. Proporciona também oportunidades sem precedentes para a gestão interativa e de marketing para todos os prestadores de trabalho e serviços. Como resultado, a maioria dos processos de negócio devem ser reavaliados e redesenhados no sentido de obter e capitalizar as vantagens das novas realidades dos negócios.
e-Tourism e Gestão Estratégica:

A utilização das TIC no Turismo pode ser generalizada, sendo a informação fundamental para as operações do cotidiano e para gestão estratégica das organizações. Poucos setores de atividade dependem de tantos parceiros para a estreita colaboração no fornecimento de seus produtos e poucas outras cadeias de valor são tão elaboradas como a do Turismo.

O Turismo é uma atividade de informação intensiva. Em poucas outras áreas de atividade a produção, geração de resultados, processamento, aplicação e comunicação e tão importante para a operação do cotidiano, como é para o setor das viagens e turismo. As ferramentas de transmissão de informação e comunicação são indispensáveis para a operacionalização do tráfego como para o marketing turístico. Os produtos turísticos são quase exclusivamente dependentes de representações e de descrições, e as oportunidades ao nível da multimídia oferecidas pela internet, permitem que as organizações e destinos turísticos em todo mundo utilizem as mídias emergentes com o objetivo de aumentar a consciência à cerca de seus produtos e também facilitar as transações. Explica-se, assim, que o sistema de turismo seja inevitavelmente influenciado pelo novo ambiente de negócios criado pela difusão das TIC e tenha de reestruturar uma série de processos do sistema de valores.

Abrindo e detalhando o e-Tourism:
O e-Tourism integra três disciplinas distintas, respectivamente, a gestão, os sistemas de informação, e o turismo, viagens, alojamento e restauração (gastronomia), mobilidade, locação de veículos, equipamentos e instalações. Em termos táticos, inclui o e-commerce e aplica as TIC para maximizar a eficiência e eficácia das organizações de Turismo. Desta forma, o conceito de e-Tourism inclui todas as funções de negócios (e-commerce; e-marketing; e-finance; e-accounting; HRM, e-procurement; e-R&D; e-productio) bem como, o e-estrategy; o e-plainning e o e-manejament para todos os setores da indústria, da empresa e do Sistema de Turismo, incluindo as viagens, o transporte, o lazer e entretenimento, o alojamento, os intermediários e as organizações do setor público, privado e terceiro setor. Ao nível estratégico, o e-Tourism veio revolucionar todos os processos de negócio do setor, a totalidade de sua cadeia de valor, bem como as relações de cada organização com todos seus stakeholders.

Os efeitos multiplicadores da globalização no e-Tourism:
A globalização acelerou o processo de difusão de novos produtos, equipamentos e instalações a uma escala sem precedentes, sendo que os valores de compra baseiam-se, atualmente, na ânsia de atingir padrões de moda e mimetismo das elites.

O Turismo como setor transversal e intersetorial, é afetado de forma abrangente e total por essa nova multiplicidade de oferta, e pela recorrente especialização em várias formas de sua dilatada segmentação de mercado, como por exemplo, o Turismo Cultural, que refere-se à afluência de turistas a destinos que oferecem como atrativo essencial o legado histórico do homem em distintas épocas, representado a partir do patrimônio e do acervo cultural, preservado ou encontrado nas ruínas, nos monumentos e nas obras de arte. São aspectos que sempre estiveram contidos nos roteiros e pacotes turísticos, mas que durante muito tempo interessou a poucas pessoas.

Mais do que criar produtos turísticos, a tendência atual reside na reformulação dos já existentes. O que é feito em turismo permaneceu sem grandes mudanças ao longo do tempo, e continua a motivar e envolver as viagens e visitas a museus, espetáculos, parques naturais e temáticos entre outros, que se tornaram mais interativos com o auxílio das novas técnicas de informação digital e até holográficas. Os novos produtos, no que concerne aos destinos realmente provocam além da alteração a inovação e diferença.

O impacto das TIC no Turismo. Equívocos do passado que se refletem no presente.

As transformações tecnológicas tiveram um grande impacto no Turismo, principalmente no que se refere ao transporte, hospitalidade, gastronomia, locação de veículos abrangendo de forma generalizada, novos sistemas de reservas das agências de viagens, começando pelo low cost/ low fare das empresas aéreas. O "bed and breakfast" na hospitalidade, modalidade seminal do Airbnb. Todas essas condicionantes facilitaram para o cidadão comum planejar sua própria viagem e auxiliaram amplamente a rede de fornecedores e profissionais do setor no desenvolvimento de sua atividade cotidiana.

Já a partir da década de 1980, constatou-se que, quando os africanos entenderam que o turismo era o único meio de saírem de sua pobreza desesperadora, eles começaram a construir enormes hotéis na praias do Quênia e da África do Sul, dentre outras. Durante algum tempo, inúmeros voos charter saíram da Alemanha e da Itália com turistas que queriam ver leões, e também comer chucrute, e desfrutar do conforto de seus lares e que então, arrumavam as malas para ir as reservas de caça (superlotadas) ou para bronzear em resorts que reproduziam os do Mediterrâneo.

Foi neste período que também o Brasil, decide investir em massa, voltando-se a política oficial de Turismo da Embratur, acenando com a possibilidade de atrair empresários para o setor, criando os Fundos de Investimentos de Hotelaria e Turismo, o primeiro grande equívoco de políticas públicas de Turismo no país - embora alertada pelos profissionais e pesquisadores do setor com relação à importância da adequação desses investimentos às características sociais e econômicas do país, para o atendimento de seu fluxo interno, que só assim seria consolidado para poder alavancar o receptivo internacional - e acabou por assistir aos capitais incentivados, colocados à disposição, serem usados quase integralmente em hotéis de luxo, de 250 mil dólares por unidade habitacional, em empreendimentos de valor não inferior a 25 milhões de dólares. Isso em valores atuais, equivaleria em investimentos na ordem de mais de 75 milhões de dólares, não considerando o custo de oportunidade dos capitais investidos, amortização e juros. Numa conta simplificada, esses empreendimentos hoteleiros não conseguiram operar com diárias inferiores a 250 dólares por UH, só para cobrir o investimento realizado, fora os custos operacionais.

A questão provocou, ao longo desses quase quatro decênios a implantação de uma oferta incompatível com as características da demanda interna regional e, mesmo da receptiva internacional. Realidade que irá agora se ampliar com as novas plataformas e modalidades de hospitalidade. Como reação inexorável do mercado perante o descompasso entre o alto curso das instalações e o nível de seu rendimento, do prazo dilatado de payback das inversões, a frustração dos empresários com as reduzidas taxas de ocupação predominantes, viu-se finalmente, surgir correta colocação de investimentos em hotéis econômicos, com unidades habitacionais ao preço de 25 mil dólares " chave na mão", aplicações de capital que não excedem a 2,5 milhões de dólares e diárias entre 30 e 40 dólares, à taxa de 3,5%. O valor da diária deve corresponder, aproximadamente, a milésima parte do investimento. Pode-se mencionar, a título de ilustração, o Grupo Accor com a rede Ibis.

Após essa necessária digressão para melhor entendimento do futuro que nos espera, assistimos agora as novas plataformas como Airbnb que revoluciona a demanda de um novo tipo de viagem muito em voga, assinalando uma tendência que se firma cada vez mais e que parece antecipar uma nova era para o Turismo, quando turistas decepcionados estão deixando os lugares badalados e de prestígio europeus para viver experiências mais autênticas, como andar a cavalo pela floresta, por exemplo. Na Costa selvagem do Sudeste da África ou nas praias dilatadas de Jericoacoara no Ceará ou nos Lençóis Maranhenses.

" A principal mudança da economia compartilhada é a redução dos intermediários" como define Landislau Dowbor.

Um de seus principais preceitos é começar pequeno e ir ampliando aos poucos gradualmente. Porém é preciso que a ideia preencha uma necessidade básica das pessoas, que atinja a alma dos consumidores. Talvez o exemplo mais recente e expressivo dessa afirmação é a experiência do Airbnb, que produziu uma reação em cadeia no mercado de viagens, revolucionando a oferta de hospedagem. A liberdade e a alegria que as pessoas sentem com essa nova plataforma que acabou gerando um poder econômico e uma conquista social jamais experimentada. A plataforma mobiliza o entusiasmo sentido por pessoas que fazem o que querem fazer, nos próprios termos, e não o que alguém lhes mande ou sugere fazer. Utilizando o Airbnb, milhares de pessoas empreendedoras tem a chance de criar as próprias oportunidades, sem um gestor corporativo decidindo se elas são ou não adequadas para o trabalho.

"Na verdade acho que hoje todo mundo é empreendedor, mesmo se ainda não percebeu isso" afirmou Reid Hoffman, cofundador e ex-CEO do Linkedin.

A própria autora do livro " Economia Compartilhada" Robin Chase, conta que investiu apenas 75 mil dólares em seu primeiro negócio, que era compartilhar um fusca velho com 22 pessoas.
Seu primeiro "insigth" foi perceber que, em 95% do tempo, os carros particulares não eram utilizados. E esse percentual permanece ainda bastante elevado. A partir daí, desenvolveu um negócio para explorar o que estava sendo desperdiçado.
E continua aconselhando e incentivando as pessoas a descobrir onde está a capacidade excedente, aproveitando os ativos ociosos do mercado. Sua iniciativa e empreendedorismo a partir de seu "fusca" foi a ideia seminal do " Huber" a maior empresa de gestão de táxi do mundo sem possuir um único veículo!

Convergência, Conexão, Integração ou Morte
A Economia Compartilhada vem ganhando força e destaque ao redor do mundo e às grandes corporações resta fazer parte ou serem atropeladas e superadas inapelavelmente. Mas afinal no que consiste este conceito? Repensando os formatos: A cadeia de valor da Economia Colaborativa mostra como empresas podem repensar seus modelos de negócios tornando-se " Prestadoras de Serviços", " Fomentadoras de Mercado" ou " Provedoras de Plataformas" As empresas com visão de futuro empregam um modelo, enquanto as mais inovadoras empregam todos os três, com a corporação no centro, abandonando assim a fórmula de preço, praça, produto e promoção. Compartilhar sim, centralizar não: No coração da economia colaborativa estão empresas e projetos que surgiram a partir de variações do compartilhamento pessoa-para-pessoa (peer to peer), o chamado consumo colaborativo. Transporte, serviços de reserva em geral, fornecimento de hospedagem, gastronomia, locação de veículos e equipamentos de viagem, informação, tecnologia, entre outros bens, podem ser compartilhados. Agregar valor em cada nível gera retorno, uma vez que os modelos representam um aumento na maturidade, exigem investimentos e resultam benefícios em cada nível.

Esse conceito tem se tornado um movimento duradouro, abrangente e revolucionário. Grandes corporações já passaram a adotar estratégias baseadas no compartilhamento em seu negócios, como a Toyota, ao alugar carros de concessionárias selecionadas e o CitiBank, ao patrocinar um programa de compartilhamento de bicicletas em Nova York, como já ocorre no Brasil com o Banco Itaú em São Paulo.

Os pilares do sucesso: A economia colaborativa é fruto da união de três pontos de sucessos que fazem o conceito cada vez mais atrativo a partir da evolução ampla da sociedade: Social: com destaque para o aumento da densidade populacional, avanço para a sustentabilidade, desejo de comunidade e abordagem mais altruísta; Econômico: focado em monetização do estoque em excesso ou ocioso, aumento de flexibilidade financeira, preferência por acesso ao invés de aquisição, e abundância de capital de risco; e Tecnológico: beneficiado pelas redes sociais, dispositivos e plataformas móveis, além de sistemas de pagamento eletrônico.

A sobrevivência das empresas:
Para pegar carona nos novos caminhos que as forças de mercado vêm traçando, as empresas devem repensar seus modelos de negócios e incorporar um ou mais dos três modelos colaborativos já mencionados. Se há uma coisa que sabemos sobre as pessoas, é que somos diferentes. Vivemos em lugares diferentes e temos hábitos, interesses, talentos, experiências de vida, redes sociais, opiniões, políticas, comunidades, meios de transportes diferentes... E assim, muitos outros diferenciais.

Mas as empresas, os governos e a maioria das grandes organizações odeiam a diversidade. A industrialização e acima de tudo a globalização tinham profundas raízes na padronização e na uniformidade até que a internet facilitou a tarefa de convergir, encontrar, organizar, classificar, conectar e comercializar pelos serviços prestados e os compromissos individuais.

Creio que a esta altura do avanço tecnológico, vocês não ignoram que nossos perfis, preferências, hábitos, costumes, padrões comportamentais, já foram captados, sequestrados, arquivados e disponibilizados no mercado. Somente aqueles que jamais entrou na Net deve ter escapado desse rastreamento e registro em algum lugar das nuvens. As plataformas capturam a individualidade das pessoas (peers) e, organizando e provendo de recursos, acabam transformando essa realidade no maior ativo da sociedade. Com as plataformas, a diversidade encontra terreno fértil para desenvolver.

Vejam como um pungente exemplo a célere evolução das plataformas de reserva de serviços, revolucionando o Sistema de Turismo, balançando de maneira irreversível o mercado de viagens, das operadoras e agências, hospedagem, transportes, gastronomia, ente outros. Vejam o decolar.com, nas reservas de bilhetes aéreos, o Trivago na reserva de hotéis e seus atuais desdobramentos como o Uber no serviço de Taxi. O AirBnb na distribuição de meios de hospedagem não convencionais cujo crescimento foi tão vertiginoso que ultrapassou a Marriott a maior cadeia hoteleira do mundo! O Grubster para reservas e desconta até 30% em restaurantes. Essas plataformas de prestação de serviços estão revolucionando todo o sistema de Turismo, impondo urgentemente de cada um de nós uma ampla reflexão e novas abordagens epistemológicas.

As novas Plataformas de Serviço que estão conquistando o Mercado.

O Airbnb, inspirado no antigo conceito b&b, bed and breakfast, passando pelos antigos albergues da juventude e dos Hostels de hoje, é uma plataforma que possibilita a comunicação entre turistas do mundo inteiro e proprietários de imóveis. O ponto que mais chama a atenção é seu imensurável leque de opções, mesmo com poucos recursos, o viajante pode arranjar um lugar para dormir. Parece ser a maneira que os jovens estudantes e o turismo massivo encontraram para fugir dos altos valores dos hotéis convencionais nas cidades destacadamente turísticas, encontrando um lugar que se encaixe melhor no bolso e em seus planos de viagem. Na verdade, a ideia foi também uma evolução do Turismo de escambo, surgido há uns dez anos, quando possibilitou a permuta temporária de imóveis de turistas que queriam passar temporadas em diferentes países, utilizando-se de seus próprios imóveis permutados.

O Airbnb, tornou-se um negócio multibilionário, constituindo-se hoje, a maior cadeia de hotelaria e hospitalidade do mundo sem possuir uma única unidade habitacional a encontrar clientes por meio de negociações e caminhos inusitados e disruptivos. Cada vez mais pessoas comuns aderem ao site, e passam a oferecer um quarto vago que está sobrando em casa, ou um apartamento mobiliado que não está sendo usado. Depois de se cadastrar e fazer a pesquisa onde se insere o destino, data, viagem e número de hóspedes o interessado pode estar em contato com o host, que aluga o imóvel, e tirar todas suas dúvidas. É possível filtrar as acomodações por tipo, valor, área, serviço entre outros. É verdade também que o proprietário, deve cumprir rigorosas exigências de cadastramento para disponibilizar seu imóvel na plataforma.

O site, já começa a atender a classe média e até a elite, intermediando locações de mansões de alto luxo, com serviço, avançando também para locações de barcos, iates e outros bens de consumo para viagens exclusivas. Porém, nós acadêmicos e pesquisadores, precisamos estar atentos para essa e outras plataformas que desafiam sólidos conceitos de hospitalidade, uma vez que os imóveis locados geralmente não tem nenhuma disponibilidade de pessoas para realização de serviços e atendimento. O hotel convencional tem sempre um Lobby de atendimento 24 horas, esse lugar ainda é um ponto de referência ao turista que precisa de informações e segurança. Ah! Professor, hoje o porto seguro e informativo do turista é o seu celular! Observou um aluno numa de minhas palestras. Pode ser, mas, ainda precisamos observar mais, estudar os impactos e trabalhar muito com estudos de caso. Lembrando ainda, a premissa de que o Turismo inclui geração de emprego e renda. É evidente que todas essas plataformas de reserva e fornecimento de serviços precisam urgentemente de uma reflexão com aprofundada e apurada pesquisa para avaliar e monitorar o seu célere desenvolvimento. Além, é claro, de um marco regulatório global como também a regulamentação de acordo com a legislação de cada país. Muitos dos países que já o experimentam questionam sua regulamentação e consequente recolhimento de tributos, seleção e credenciamento, certificação, seguridade, acessibilidade e segurança entre outros.

O Grubster veio na hora certa para salvar muitos restaurantes de primeira linha, que estavam começando a sofrer um declínio na clientela em razão da crise econômica. E aqueles que ainda resistem em adotá-lo já sentem duramente as consequências.

Por essa interessante e criativa plataforma, os frequentadores da refinada gastronomia podem continuar a frequentar seus restaurantes preferidos com seus bolsos mais aliviados, efetuam reservas nos restaurantes participantes nos períodos determinados quando os descontos chegam até 30%.

Resido nos Jardins em São Paulo onde se localizam os melhores restaurantes da capital Paulista e, pude observar o crescimento espantoso da clientela que se aproveita desse site e lotam as casas que já estavam vivendo as dificuldades da baixa frequência.

Zascar e Fleety, são plataformas de economia compartilhada com aplicativos e de solução rápida e inteligente de mobilidade que vem se tornando uma tendência global. Com eles podemos fazer a locação de um carro sempre que precisar. A plataforma permite ainda que as pessoas aluguem os seus veículos por um curto período de tempo. Os locatários têm a liberdade de definirem quando colocariam seus carros a disposição de outras pessoas, exigindo-se o cadastramento do locador e do locatário. Esta modalidade de plataforma de economia compartilhada estendeu-se a outros veículos com uma imensa diversidade de oferta de plataformas, como motos, scooters como a LX Rent e a Motorbike e a Ateia.com.

Tendo igualmente proliferado plataformas de economia compartilhada na locação de barcos, catamarãs, lanchas, jet ski, veleiros e iates com ou sem tripulação como também aeronaves. As plataformas de serviços ainda se estendem na locação de equipamentos para esportes radicais, caça, pesca, incluindo barracas, botes, e embarcações desportivas.

Eventbrite - seguindo a estratégia de seu crescimento, a plataforma líder global para ingressos, inscrições e gerenciamento de eventos, com filiais em sete países: Estados Unidos; Inglaterra; Irlanda;; Argentina; Austrália, Alemanha e Brasil. A Eventbrite foi eleita a terceira startup do mundo pelo Startup Ranking com o tema " Tecnologia que transforma sonho em negócios" Fundada em 2009, a Plataforma já movimentou mais de US$3,5 bilhões de dólares e o volume de 200 milhões de tickets em mais de 180 países. Milhões de organizadores de eventos utilizam a Eventbrite pelo mundo como solução para seus eventos, feiras e exposições, e no geral 2 milhões de ingressos são processados por semana.

Empresas de Planejamento e Consolidação de Plataformas de Serviços.
Com o surgimento espontâneo e de startups individuais e isoladas, começam agora, a surgir grandes organizações com equipes altamente especializadas em TI para desenvolver Novas Plataformas de Serviços às empresas que estão interessadas nesse mercado. Essas prestadoras de serviços de criação, ajustamento e consolidação de softwares para torná-las mais competitivas com descontos de até 25% oferecendo não só a expertise no desenvolvimento das plataformas, mas também cursos de capacitação presenciais e a distâncias para seus operadores, reduzindo custos e estratégias de desempenho empresarial e Operações de Supply Chain. Empresas que oferecem novas concepções de softwares para plataformas de reserva de transporte aéreo, terrestre, marítimo, hospedagem, gastronomia eventos e entretenimentos. Como é o caso da TOTVS - Totvus, com e a Jupiterweb.

Logo mais surgirão outras startups, outros investidores dispostos a apostar em boas ideias e outros consumidores ávidos por inovação. Mas, não é só de flores a imensa colheita dessas novas plataformas, como o sucesso delirante do Airbnb, muitos casos de falta de pagamento, furto, depredação, reservas canceladas de última hora, decepção com o imóvel locado, garantias e seguro, além de consolidação de legislação e regulamentação com recolhimento de impostos, para o destino precisam ser aperfeiçoadas para assegurar para o hospedeiro e para o viajante a qualidade e seguridade exigidas e desejadas.

Dr. Mario Carlos Beni é doutor em Ciências da Comunicação e Livre Docente em Turismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP)
Dr. Mario Carlos Beni é doutor em Ciências da Comunicação e Livre Docente em Turismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP)

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