Artur Luiz Andrade   |   18/05/2010 16:26

Aéreas têm de se adaptar a programa americano

Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, o governo americano implantou uma série de medidas para garantir a segurança em voos de/para e dentro dos Estados Unidos e nos portos e aeroportos do país.

ORLANDO - Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, o governo americano implantou uma série de medidas para garantir a segurança em voos de/para e dentro dos Estados Unidos e nos portos e aeroportos do país. Há mais de 20 itens de segurança, que vão desde o uso de tecnologia até a análise do comportamento dos passageiros, uso de cães farejadores, scanners mais poderosos e restrições à bagagem de mão. Um dos programas é o Secure Flight, que foi desenvolvido há quatro anos e chega à reta final de sua fase de implantação em 2010.

O primeiro passo foi tirar da mão das empresas aéreas o trabalho de checagem de passageiros baseando-se em listas de órgãos de policiamento, entre outros. O segundo foi tornar obrigatório que qualquer empresa que opere para ou nos EUA ou cruze os céus americanos entregue ao governo (mais especificamente a TSA - Transportation Security Administration), com pelo menos 72 horas de antecedência, três dados de cada passageiro: nome, sexo e data de nascimento.

Segundo Paul Leyh, diretor da TSA, mais de 99% dos passageiros são liberados em quatro segundo e entram na lista de aprovados, o que permite a emissão do cartão de embarque. Quem faz a reserva de última hora acaba furando a fila e também passa pela análise.

"As companhias entregavam esses dados minutos antes do voo, o que não servia para nada. Algumas faziam bem esse trabalho, outras não. Por isso a necessidade de mudança, disse ele, durante o Pow Wow 2010. Até outubro, todas as empresas americanas estarão integradas ao programa e até dezembro as estrangeiras. A adesão é obrigatória.

No 1% que segue para a lista negra ou de análise, há possíveis homônimos de suspeitos de terrorismo. Para ter seu nome fora da lista, é preciso entrar no site da TSA e pedir o número Redress, que sai em pouco mais de um mês. Com esse número, as autoridades não pedirão uma revista mais detalhadado passageiro.

O diretor aconselha aos passageiros que tenham na reserva aérea o mesmo nome que está no passaporte. Para evitar demoras e confusões. "Mas a imensa maioria não está na lista". Segundo Leyh, o programa não é uma resposta às tentativas recentes de atentados, pois foi iniciado há quatro anos.

Quarenta por cento dos voos que chegam aos EUA são feitos por empresas estrangeiras e 60% por companhias americanas. Cerca de 2,5 milhões de passageiros podem ser scaneados por dia, 90% deles em voos domésticos.


*Fonte: O Portal PANROTAS viaja a convite da US Travel, Tam, Continental, Alamo e Travel Ace

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Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.