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Fabíola Bemfeito   |   03/03/2013 10:56

Conheça o perfil do mercado de intercâmbio no Brasil

A maior parte das agências que trabalham com a venda de intercâmbio e cursos no Exterior possui até dez funcionários. Porém, o mercado é muito concentrado e a maior parte das vendas está nas mãos de um pequeno grupo de empresas. Essas foram algumas das conclusões da Pesquisa sobre o mercado

PANROTAS / Emerson Souza
Maura Leão, da Yázigi Travel, Suzel Figueiredo, da Idea Fix, e Carlos Robles, presidente da Belta
Maura Leão, da Yázigi Travel, Suzel Figueiredo, da Idea Fix, e Carlos Robles, presidente da Belta
A maioria das agências que trabalham com a venda de intercâmbio e cursos no Exterior possui até dez funcionários. Porém, o mercado é muito concentrado e a maior parte das vendas está nas mãos de um pequeno grupo de empresas. Essas foram algumas das conclusões da "Pesquisa sobre o mercado de educação internacional e intercâmbio no Brasil", realizada sobre o ano de 2012 pela Idea Fix por solicitação da Belta e divulgada na Feira do Intercambista, que começou ontem e termina hoje no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.

Outra constatação do estudo é o fato de a classe C ter realmente aderido ao segmento de intercâmbio e cursos no Exterior. Segundo o estudo, 92% das agências entrevistadas já detectaram o aumento na procura por estudantes dessa classe o que, segundo Suzel Figueiredo, da Idea Fix, significa um futuro muito promissor. “Estamos falando de 50 milhões de pessoas da classe C, que entraram no mercado consumidor recentemente.”

O produto mais vendido pelas empresas especializadas continua sendo o curso de idioma, seguidos por high school (ensino médio) e cursos de férias. E os estudantes ficaram foram, em sua maioria, entre um e três meses. Porém, o segmento de viagens de média duração, entre quatro e seis meses, foi o que mais cresceu em 2012. Além disso, a maioria dos estudantes tem entre 18 e 30 anos.

Canadá continua sendo o destino mais procurado e também com maior crescimento em áreas como idiomas, high school, cursos de férias e programas que aliam estudo e trabalho. O país só perde para os Estados Unidos no tema graduação e pós-graduação, onde o Tio Sam foi quem viveu o maior incremento no ano passado. Outros países procurados, além de Canadá e EUA (primeiro e segundo lugares) são Reino Unido, Irlanda, Austrália e Espanha. O país mais desejado, porém, é a Nova Zelândia, cujos maiores obstáculos são a distância e o preço da passagem.

A maioria das agências envia, em média, 300 alunos para o Exterior – apenas 6,9% se encaixa na categoria “entre 3.001 e 5.000 alunos”. Além disso, o faturamento do mercado caiu em 2012, já que o a Idea Fix estima que as agências de intercâmbio e cursos no Exterior movimentaram em 2012 US$ 1.027.775.065 contra US$ 1.159.516.820 em 2010. Além disso, o mercado teme a concorrência da internet, já que há muitos estudantes que hoje procuram diretamente as instituições no Exterior – 70% dos entrevistados consideram que a internet pode ser um problema para as empresas. O estudo foi feito com 80 agências e operadoras, associadas e não associadas à Belta.

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