Artur Luiz Andrade   |   09/09/2014 12:10

Gastos com viagens corporativas crescerão menos no País

A desaceleração econômica do País, com dois trimestres seguidos de queda, a economia regional problemática na América Latina levaram a Fundação GBTA a reduzir a expectativa de crescimento dos gastos em viagens de negócios para o País.

A desaceleração econômica do País, com dois trimestres seguidos de queda, a economia regional problemática na América Latina levaram a Fundação GBTA a reduzir a expectativa de crescimento dos gastos em viagens de negócios para o País. A GBTA prevê crescimento de 3,6% em 2014 e 4,1% em 2015, contra projeções anteriores de 12,5% e 5,9%. Os gastos em viagens de negócios em 2013 também foram revisados para US$ 30,8 bilhões a partir de nossa estimativa de US$ 31,2 bilhões, já que os gastos em viagens de negócios caíram na última parte do ano.

"As pressões econômicas externas e uma desaceleração doméstica, quando a economia principalmente impulsionada pelo consumo do País começa a perder a força, estão forçando a desaceleração do crescimento das viagens de negócios", disse Wellington Costa, diretor regional da GBTA Brasil. "A incerteza das próximas eleições também tem impactado a desaceleração da economia e reduzido o crescimento das viagens de negócios localmente. O crescimento previamente esperado em 2014 será transferido mais para o futuro e esperamos que as taxas mais elevadas de crescimento sejam retomadas até o final de 2015."

Outros destaques principais do relatório:

• Apesar da desaceleração do crescimento, o setor de viagens de negócios do Brasil ultrapassou a Coreia do Sul para se tornar o sétimo maior mercado do mundo.

• O crescimento dos gastos em viagens de negócios domésticas tem tido uma tendência de queda no crescimento desde o pico em 2011, com aumentode 9% em 2012 e 5,1% no ano passado. A GBTA prevê que ele continuará perdendo força, crescendo 3,9% este ano e ao mesmo ritmo no próximo. Reformas estruturais principais são necessárias para se recuperar as altas taxas de crescimento experimentadas no início da década.

• As viagens de negócios internacionais para fora do País (receptivo internacionai) têm sido um desafio ainda maior do que a atividade doméstica devido ao grande sucesso do comércio em 2013. A GBTA prevê um ligeiro crescimento (2,1%) neste ano nesses gastos, antes que eles melhorem um pouco sua posição em 2015, crescendo a uma taxa projetada de 5,1%.

• É muito cedo para afirmar que a Copa do Mundo deu à economia um impulso. Embora ela tenha trazido mais de um milhão de visitantes ao Brasil, impactando os setores de hotelaria, restaurante, varejo, transporte e entretenimento, ela também trouxe feriados municipais, absentismo dos trabalhadores e uma virtual paralisação em diversos setores industriais e de mineração.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.