Movida

Artur Luiz Andrade   |   13/03/2013 13:00

MTur já está com projeto de mercado comum da aviação

O presidente da Embratur, Flávio Dino, revelou que entregou há duas semanas ao ministro Gastão Vieira seu projeto para que o governo brasileiro tome a iniciativa de conversar com os países sul-americanos para a criação de um mercado comum de aviação para a América do Sul

PANROTAS / Emerson Souza
Flávio Dino, presidente da Embratur
Flávio Dino, presidente da Embratur
O presidente da Embratur, Flávio Dino, em entrevista ao PANROTAS, esta manhã, na sede da editora, na capital paulista, revelou que entregou há duas semanas ao ministro Gastão Vieira seu projeto para que o governo brasileiro tome a iniciativa de conversar com os países sul-americanos para a criação de um mercado comum de aviação, como existe na União Européia há mais de uma década.

Pela proposta, empresas sul-americanas poderão operar voos domésticos no Brasil e as brasileiras nos outros países. “Precisa haver concorrência para que sejamos mais competitivos, será bom para o passageiro, que terá passagens mais baratas, para o desenvolvimento dos aeroportos regionais, para o recebimento de mais visitantes”, explicou ele.

Também consta do projeto que haja um teto tarifário para “evitar abusos quando houver aumento da demanda”. Mas o presidente da Embratur já sabe que a sugestão foi mal recebida pelas aéreas e pela área do governo que cuida da aviação (SAC e Anac, por exemplo). Sobre a participação de empresas estrangeiras no capital das nacionais, ele sugere um meio termo: nem os 20% atuais, nem os 49% que, segundo ele, encontram muita resistência em alguns interlocutores em Brasília.

É o início de uma intervenção direta do governo em questões comerciais do turismo? “Hoje a grande questão do turismo brasileiro é a competitividade. Queremos estimular a concorrência e acompanhar a evolução dos preços. Conscientizar o setor de que abusos de preços em momentos especiais como grandes eventos prejudicam a imagem do País no longo prazo. Nem cogitamos intervir com instrumentos legais. O que queremos conversar é com o setor, como em uma câmara setorial”, explica.

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