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Leonardo Ramos   |   29/11/2017 15:59

Aéreas quase quadruplicam receita com serviços auxiliares

As receitas auxiliares, que incluem serviços como taxa de bagagem, comidas a bordo e seleção de assentos, aumentaram 264% em relação a 2010, chegando a US$ 82,2 bilhões, próximo a se equivaler aos gastos com combustível, de US$ 129 bilhõ

Flickr/Thomas Rousing
De acordo com uma estimativa feita pela empresa Car Trawler em conjunto com a Idea Works Company, a receita das companhias aéreas com serviços auxiliares neste ano deverá atingir os US$ 82,2 bilhões em 2017 em todo o mundo, um aumento de 22% em relação a 2016, e incríveis 264% a mais que o valor registrado em 2010, de US$ 22,6 bilhões; ou seja, em sete anos, o valor adquirido pelas companhias em receitas auxiliares quase quadruplicou.

Parte disso se deve ao chamado à la carte das aeronaves, que envolve taxa de bagagens, escolha de assentos e vendas de alimentos, bebidas e produtos de duty free a bordo do avião. O serviço alcançou, sozinho, uma receita de US$ 57 bilhões, algo em torno de 70% do total da renda auxiliar. O restante é atribuído às demais fontes de receita, incluindo vendas de milhas do programa de fidelidade e ainda comissões de reservas hoteleiras.

A receita auxiliar por passageiro foi avaliada em US$ 20,13 para este ano, um aumento significativo aos US$ 8,42 por cliente em 2010. Já receita dos serviços à la carte por passageiro foi de US$ 13,96, muito mais do que a US $ 4,54 registrados em 2010.

"A vantagem econômica das receitas auxiliares provou ser uma ferramenta consideravelmente útil para ajudar nas finanças das companhias aéreas. Ele oferece resultados lucrativos em tempos de grandes dificuldades econômicas, e funciona de forma efetiva para aumentar os lucros ainda mais quando as companhias aéreas estão alcançando limites de investimento", explicou a Car Trawler em relatório.

"Mas as companhias aéreas devem seguir com cuidado. Os preços à la carte funcionam melhor quando os consumidores são verdadeiramente livres para escolher o produto que melhor atende às suas necessidades", alertou a companhia. "Uma boa prática de varejo garante a capacidade de remover facilmente produtos indesejados de um carrinho de compras. Mas algumas operadoras continuam a tratar a receita auxiliar como uma oportunidade para simplesmente cobrar novas taxas sem criar um produto melhor. Felizmente, os preços à la carte ampliam o poder do mercado para recompensar os bons produtos, e punir os ruins. O aumento global deste ano demonstra este princípio de forma admirável", finalizou a empresa.

Vale lembrar que os US$ 82,2 bilhões alcançados em receitas auxiliares em 2017 já chegam próximos dos US$ 129 bilhões gastos em combustível no ano, números que podem se equivaler em um futuro próximo, caso o mercado aéreo continue investindo no mercado auxiliar.


*Fonte: Tnooz

conteúdo original: http://bit.ly/2j1oObm

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