Bruno Hazov   |   02/08/2023 13:51
Atualizada em 02/08/2023 14:18

Adit debate fundos de investimentos imobiliários e o mercado de CRIs

Painel discutiu visão dos gestores para o mercado de recebíveis imobiliários e boas práticas de governança


PANROTAS / Emerson Souza
Irapuã Dantas, CEO da CV Real Estate, Alexander Ruskay, sócio da Urca Capital, Diego Siqueira, CEO da Trinus Co. e André Masetti, sócio da XP Asset, discutiram governança e práticas exitosas no mercado de CRIs
Irapuã Dantas, CEO da CV Real Estate, Alexander Ruskay, sócio da Urca Capital, Diego Siqueira, CEO da Trinus Co. e André Masetti, sócio da XP Asset, discutiram governança e práticas exitosas no mercado de CRIs

O segundo painel do dia do Adit Invest, intitulado "Apetite dos Fundos de Investimentos Imobiliários e a Visão dos Gestores para o Mercado de CRIs", foi apresentado por Irapuã Dantas, CEO da CV Real Estate, André Masetti, sócio da XP Asset, Diego Siqueira, CEO da Trinus Co., e Alexander Ruskay, sócio da Urca Capital.

O assunto central foi a expectativa de redução da taxa Selic, que deve ser anunciada hoje pelo Banco Central, após intensa negociação com o Governo Federal. A possível redução é vista com bons olhos pelo mercado imobiliário, pois melhora o cenário de empréstimos para a compra de imóveis, além de baratear processos em toda a cadeia.

Os palestrantes citaram um novo ciclo no mercado de capitais brasileiro e falaram de sua expectativa para o mercado de Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) - que é um título que gera direito de crédito ao investidor. Na visão dos apresentadores do seminário, a indústria de fundos imobiliários está em constante crescimento e representa R$ 210 bilhões em negócios.

"O número de emissão de CRIs bateu cerca de R$ 50 bilhões no ano passado. A partir desse número, podemos começar a entender o tamanho do potencial desse segmento e a tendência é um crescimento robusto para os próximos anos" revelou Masetti.

Cada gestor falou um pouco sobre o foco de atuação de sua empresa. De maneira geral, as quatro empresas priorizam projetos residenciais, diversificando, a partir de oportunidades pontuais, com projetos de multipropriedades ou lazer.

A governança foi outro ponto importante de discussão, levantada como tema central para que a conta das incorporadoras feche no positivo após a conclusão de um projeto imobiliário. Os palestrantes deram exemplos de boa governança, como a transparência, desde o início do projeto, com todos os envolvidos nas etapas de construção, comercialização e operação dos ativos. Também foram citados, nesse contexto de governança, a necessidade de estudos de mercado e viabilidade econômica e transparência na parte jurídica dos projetos.

Encerrando o painel, os palestrantes citaram a união de gestores em busca de modelos de sucesso que possam ser replicados em outros empreendimentos. "Os gestores precisam casar o custo das obras com os rendimentos na carteira de investimentos, para garantir a saúde e sustentabilidade de suas operações. Para tanto, os empresários precisam estar dispostos a acessar o capital dos gestores, os fundos de investimentos, para não tocar os projetos apenas com investimento próprio", concluiu Ruskay.

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