Bruno Hazov   |   23/08/2023 11:49
Atualizada em 23/08/2023 11:53

Brasil lidera índice de rotatividade de funcionários em todo o mundo: 56%

Turnover no Brasil chega a 56% e acende alerta para a qualificação de mão de obra em diversos setores

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No Turismo, índice de rotatividade varia entre 20% a 30%
No Turismo, índice de rotatividade varia entre 20% a 30%

Um estudo realizado pela Robert Half mostra que o Brasil lidera o índice de rotatividade de funcionários em todo o mundo, com 56% de turnover. O estudo utilizou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desepregados (Caged).

A rotatividade brasileira supera e muito os índices de países como Reino Unido (43%), França (51%) e Bélgica (45%). Além de liderar o índice de rotatividade, o Brasil também se destaca pela taxa de desligamentos voluntários, que representam quase metade das demissões.

Entre os principais motivos para essa elevada taxa estão a baixa qualidade do clima organizacional das empresas, a falta de alinhamento e de expectativas, a falta de reconhecimento, seguido da falta de um plano de carreira, apontou a pesquisa.

De acordo com especialistas, o turnover é ruim para as empresas, pois afeta diretamente a produtividade e acarreta em custos adicionais de contratação e/ou desligamentos.

Turnover no Turismo

No Turismo, a rotatividade tende a ser ainda maior, uma vez que especialistas apontam que o turnover é mais comum em trabalhos sazonais, que dependem de demandas de temporada, como feriados, eventos e datas comemorativas.

Um estudo realizado pelo World Travel & Tourism Council (WTTC) concluiu que a média de rotatividade na indústria do Turismo é de 20%, sendo que no segmento de hospedagem e alimentação, o índice global pode chegar a 30%.

Tamanha rotatividade no setor turístico afeta diretamente a qualidade de prestação dos serviços, com funcionários cada vez menos preparados para o atendimento ao público. De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), a indústria do Turismo enfrentará um déficit de aproximadamente 14 milhões de empregos em todo o mundo até 2030, levantando uma importante preocupação com a disponibilidade de mão de obra qualificada no setor.

Soluções

Ainda segundo a Robert Half, as empresas podem diminuir o índice de desligamentos de diversas formas: analisando e modificando os processos de recrutamento e treinamento de novos funcionários, realizando campanhas motivacionais e investindo no desenvolvimento profissional de seus colaboradores.

A pesquisa "Benefícios 2023", conduzida pela Robert Half, mostra que os dez benefícios mais valorizados pelos colaboradores são: assistência médica, vale-refeição, vale-alimentação, assistência odontológica, previdência privada, estacionamento, auxílio-estudo, notebook, auxílio combustível e carro para uso profissional e particular.

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