Bruno Hazov   |   30/10/2023 17:03

Turismo nacional deve crescer 11,5% em 2023, diz Fecomercio

Dados comparam a atividade do setor turístico nacional com volume registrado no ano passado

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Entidade acredita que recuperação é fruto da boa fase do setor turístico após a crise que o afetou severamente durante o período de pandemia de Covid-19
Entidade acredita que recuperação é fruto da boa fase do setor turístico após a crise que o afetou severamente durante o período de pandemia de Covid-19

Até o final do ano, o Turismo nacional deve crescer 11,5% em relação ao ano passado. Dados são do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio).

Segundo a Fecomercio, os resultados são fruto da boa fase do setor turístico após a crise que o afetou severamente durante o período de pandemia de covid-19. O fato de os brasileiros estarem investindo mais em viagens é o que vai manter o setor aquecido nos próximos meses, principalmente com a chegada do fim do ano. Outro motivo é a volta da agenda do setor de viagens corporativas, com feiras e eventos.

No período de janeiro a agosto, o setor apontou um incremento financeiro de mais de R$ 12 bilhões em comparação ao mesmo intervalo de 2022, com alta de quase 11%. Empresas de transporte aéreo de passageiros foram o grande destaque da pesquisa: ao movimentar 8,2 milhões de pessoas no mês de agosto, obtiveram receitas em torno de R$ 3,9 bilhões, o maior registro da série histórica da Fecomercio, iniciada em 2011. Na comparação do faturamento do setor entre janeiro e agosto, a alta foi de 17,1% para 2022.

Meios de hospedagem também contribuíram para o crescimento, com registro de alta de 9,8% e faturamento de R$ 1,6 bilhão em agosto. Segundo o Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), esse crescimento se deve também pela pela alta no preço médio das diárias no Brasil, que foi de 18% no período. Confira na tabela abaixo o faturamento do Turismo nacional por serviços prestados.

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Dentre as atividades que também registraram aumento, estão as culturais, recreativas e esportivas (2,7%) e as agências, operadoras e outros serviços de turismo (2,5%). Já o transporte rodoviário apontou uma queda de 11,1%, em decorrência da competitividade de preços com o setor aéreo, que reduziu a tarifa média em agosto. No entanto, no mês seguinte, os preços voltaram a subir (13,47%) em virtude do impacto de grandes eventos, como o festival The Town, em São Paulo. As hospedagens também sofreram um aumento de 1,17%.

O Estado que mais faturou com Turismo no mês de agosto foi Alagoas, (16,3%), seguido pela Paraíba (15,3%), que também registrou a maior alta entre janeiro e agosto (16,5%). Roraima ficou em terceiro, com aumento de 14% em agosto. Já os estados do Mato Grosso do Sul (-14,3%), Amapá (-6,9%) e Ceará (-2,4%) apontaram as maiores retrações do mês.

Inflação

Em outro levantamento, de setembro, a Fecomercio destaca que a inflação no setor do turismo brasileiro já cresceu 8,26% no acumulado de 12 meses. Apesar de ser um patamar elevado, pouco difere da inflação do País, que estava em 5,19% até o mês passado. Por conta da demanda aquecida, a entidade não vê sinais de redução significativa nos preços dos serviços turísticos em curto e médio prazo. Ainda assim, a Fecomércio acredita que o setor seguirá favorável, com pequenas variações como forma de equilibrar demanda e preços.

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