Bruno Hazov   |   15/12/2023 12:10

Varejo deve fechar ano com aumento de 1,8%, diz CNC

Entidade previa crescimento de 2% para 2023 para o setor, mas revisou a expectativa para baixo

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Apesar da leve queda na previsão para 2023, o setor de varejo deve fechar o ano com crescimento nas vendas
Apesar da leve queda na previsão para 2023, o setor de varejo deve fechar o ano com crescimento nas vendas

O setor de varejo deve fechar o ano de 2023 com um aumento de 1,8%, segundo previsão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que projeta alta de 1,5% para o proximo ano.

Inicialmente, a entidade previa um crescimento de 2% para 2023 para o setor de varejo, mas revisou a expectativa para baixo por conta do desempenho no mês de outubro, quando as vendas caíram 0,3%.

“À medida que as condições de consumo da população vão melhorando por conta da queda das taxas de juros e do controle da inflação, as perspectivas dos comerciantes são de um bom fechamento de ano. Pesquisa divulgada nesta semana pela CNC aponta que as compras de Natal devem ser 5,6% maiores do que em 2022.

José Roberto Tadros, presidente da CNC

No total, as vendas anuais acumularam crescimento de 1,6% ao ano, impulsionadas por altas no segmento de combustíveis e lubrificantes (4,9%), drogarias e perfumarias (4,3%); e hiper e supermercados (3,8%).

Em nota, a entidade afirma que o desempenho positivo no acumulado do ano revela uma suave tendência de recuperação em relação ao início da crise sanitária, em 2020: em relação àquele período, o varejo teve variação positiva de 3,9%. Mesmo diante da desaceleração de outubro, o volume de vendas registrou avanço pelo quinto mês consecutivo em comparação com outubro de 2022, com leve alta de 0,2%.

A entidade também lembra que alguns fatores desafiadores persistem. Atividades mais dependentes das condições de crédito registraram quedas ao longo do ano, como artigos de uso pessoal e doméstico (que tiveram redução de 11,3%); tecidos, vestuário e calçados (redução de 6,7%); e materiais de construção (queda de 2,1%). Ele lembra, ainda, que o endividamento das famílias, que compromete pelo menos 30% da renda média desde setembro de 2021, é outro obstáculo que limita o ganho de tração das vendas no comércio.

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