Rodrigo Vieira   |   27/01/2021 18:13   |   Atualizada em 27/01/2021 18:14

Congonhas ganha tecnologia de escape inédita na América Latina

Tecnologia chamada Emas teve investimento de R$ 122,5 milhões


Divulgação

A pista principal do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, será a primeira da América Latina a contar com um sistema de retenção de material projetado, a chamada tecnologia EMAS. Trata-se de uma estrutura que cria uma nova área de escape com blocos de concreto que se deformam quando uma aeronave ultrapassa o limite final da pista. As informações são da Infraero.

O investimento de R$ 122,5 milhões será feito pela Infraero, após licitação realizada no final de 2020 e contrato publicado no Diário Oficial da União (DOU) na última segunda-feira, 25/01. O consórcio vencedor do processo licitatório foi Kigab/Conserva, formado pelas empresas Kibag Brasil, Conserva de Estradas e Kibag Airfield Construction AG.

EMAS é uma tecnologia que permite ampliar a segurança operacional em aeroportos com limitações de espaço. Ela é utilizada para desacelerar aeronaves que ultrapassam o final da pista por meio do esmagamento de blocos de concreto.

“A profundidade do EMAS aumenta quanto mais se avança pela área coberta, fornecendo um arrasto maior, trazendo ainda mais segurança para um aeroporto estratégico para a aviação do País”, explica o presidente da Infraero, Brigadeiro Paes de Barros.

Em Congonhas, a nova área de escape foi dimensionada para desacelerar aeronaves em procedimento de pouso que vierem a ultrapassar os limites da pista, conforme as normas da aviação civil do País.

O planejamento da Infraero prevê que a obra seja executada em 16 meses e deixe a pista principal com duas novas áreas de escape – uma de 70m x 45m na cabeceira 17R; e outra de 75m x 45m na cabeceira 35L. As duas estruturas serão sustentadas por vigas e pilares capazes de suportar as aeronaves e veículos.

O projeto prevê ainda obras complementares nas pistas de taxiamento nas regiões próximas aos EMAS. Todas as intervenções serão alinhadas com as autoridades locais, com o objetivo de ajustar o andamento da obra para que ela ocorra em segurança, tanto para os operários quanto para as pessoas que circulam pela região.

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