Filip Calixto   |   05/11/2025 11:03

Vazamento de combustível no Aeroporto do Recife contamina canal e causa morte de animais

Combustível de aviação atingiu canal no Ibura, causou morte de animais e mobilizou autoridades ambientais

Divulgação/MPor/Vosmar Rosa
Responsável pela gestão do aeroporto, a Aena informou que as causas do vazamento e a extensão da contaminação ainda estão sob análise
Responsável pela gestão do aeroporto, a Aena informou que as causas do vazamento e a extensão da contaminação ainda estão sob análise

Um vazamento de querosene de aviação nas proximidades do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre provocou contaminação em um canal que corta o bairro do Ibura, na Zona Sul da capital pernambucana. O combustível atingiu o curso d’água, provocando a morte de peixes e cágados, além de gerar mau cheiro e preocupação entre moradores da região.

Apuração do portal Aeroin mostra que, de acordo com relatos de quem vive na região, o líquido de aparência oleosa e forte odor estaria escorrendo de áreas próximas ao aeroporto, administrado pela Aena Brasil. Moradores afirmam que, pelo menos, 14 cágados foram resgatados do canal, mas nove deles morreram poucas horas depois. Peixes também foram encontrados mortos. O caso foi comunicado à prefeitura e à concessionária responsável pela gestão do terminal aéreo.

Em nota, a Aena informou que, no sábado (1º), foi detectada a presença de combustível de aviação na rede de águas pluviais que passa pelo entorno do aeroporto. A concessionária disse ter acionado as empresas responsáveis pelo abastecimento das aeronaves para conter o vazamento e iniciar a apuração das causas. A empresa afirmou ainda que colabora com órgãos ambientais e autoridades locais nas investigações.

O serviço de abastecimento no terminal é administrado pela Raízen, que também se pronunciou sobre o caso. Em comunicado, a empresa declarou que “teve conhecimento do incidente ocorrido no bairro do Ipsep e já está apurando o ocorrido e adotando as providências cabíveis em colaboração com os órgãos competentes”.

As causas do vazamento e a extensão da contaminação ainda estão sob análise.

Em entrevista ao g1, a chefe do Cetras Tangara, Natália Lígia, e o gerente de gestão de fauna da unidade, Iran Vasconcelos, informaram que os animais resgatados chegaram muito debilitados por causa do contato com o combustível.

Equipes ambientais seguem monitorando o canal e a área do entorno do aeroporto para identificar a origem exata do vazamento e reduzir os impactos ambientais.

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Integrante da equipe PANROTAS desde 2019, atua na cobertura de Turismo com olhar tanto para as tendências do mercado quanto para histórias que movimentam o setor. Formado em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo e também em Processos Fotográficos, formações que permitem colaborar de forma dupla com a redação - entre textos e imagens. Fora do trabalho, encontra inspiração no samba, no cinema, na literatura e nos esportes