Sindigru cobra Latam sobre demissões repentinas em Guarulhos
De acordo com o sindicato, os desligamentos foram realizados de maneira “desumana” e “arbitrária”. Companhia aérea já se posicionou
O Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru) entrou com um pedido de mediação no Ministério Público do Trabalho em relação à demissão de cerca de 40 funcionários responsáveis pelo atendimento ao cliente da Latam no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Os desligamentos foram executados no dia 21 de março (última quinta-feira) e um protesto foi organizado nesta segunda-feira.
De acordo com o sindicato, as demissões foram realizadas de maneira “desumana” e “arbitrária”. Já a companhia aérea informou que tal decisão repentina passou pelo “descumprimento de políticas internas” da empresa, porém, quais violações foram cometidas não foram reveladas.
Leonardo Ramos
Funcionários demitidos trabalhavam no check-in da Latam em Guarulhos
“A Latam Airlines Brasil informa que, por descumprimento de suas políticas internas, realizou desligamentos pontuais de funcionários alocados no Aeroporto de Guarulhos. A medida não tem nenhuma relação com redução de quadro funcional e todas as posições serão repostas pela companhia”, informou a empresa aérea por meio de nota oficial.
Segundo informações do Sindigru, a Latam alegou que funcionários teriam praticado fraude na emissão de passagens, ou seja, teriam alterado o destino das passagens de alguns clientes, sem autorização prévia. Porém, de acordo com o diretor do sindicato, Vitor Castro, tais alegações não têm fundamento.
“Os trabalhadores do check-in sequer têm acesso à troca de destino das passagens, mas sim o supervisor, que não foi demitido. Os trabalhadores não tiveram treinamento adequado para operar o novo sistema e não há registros de fraudes desse tipo anteriormente”, comentou Castro.
Para o Sindigru, as supostas fraudes podem estar atreladas a falhas no sistema de emissão de passagens que foi implantado pela Latam cerca de oito meses atrás.
