Artur Luiz Andrade   |   23/08/2019 13:15
Atualizada em 23/08/2019 15:44

Azul chega dia 29 à ponte para se apresentar ao eixo Faria Lima-Leblon

Chegada da Azul Linhas Aéreas em Congonhas, segundo John Rodgerson, vai apresentar a empresa ao público do eixo Faria Lima Leblon, mas companhia quer mais


Emerson Souza
John Rodgerson, presidente da Azul Linhas Aéreas
John Rodgerson, presidente da Azul Linhas Aéreas
Com 65% de vendas via canais indiretos de distribuição, share igual ao dos passageiros que voam a trabalho na empresa (mesmo nunca tendo operado na ponte aérea Rio-São Paulo), a Azul Linhas Aéreas, 11 anos depois de sua fundação, chega no próximo dia 29, quinta-feira, à rota Congonhas-Santos Dumont, se colocando em evidência para os passageiros do eixo “Faria Lima/Leblon”, como definiu o presidente da companhia, John Rodgerson, em entrevista ao Portal PANROTAS.

A Azul, segundo ele, é conhecida por ligar o interior do Brasil, por ajudar a desenvolver cidades no Centro-Oeste e Norte, no cinturão do agronegócio brasileiro. E pelos passageiros de lazer que usam os hubs de Recife e Belém, por exemplo. Dois Brasis bem diferentes. “O Brasil não é apenas São Paulo e Rio”.

Mas faltava ter mais visibilidade com o filé mignon da aviação brasileira (e uma das rotas mais rentáveis e frequentadas do mundo), a ponte Rio-São Paulo. “Nós merecemos estar nessa rota, chegar em Congonhas. Estamos investindo este ano em 33 aeronaves, 1,5 mil contratações (800 delas de ex-funcionários Avianca Brasil), mantendo a meta de seis a oito novos destinos por ano, prestigiando o fabricante brasileiro de aviões... ou seja, estamos fazendo nossa parte. E faltava esse público de Congonhas nos conhecer”, analisa.

“Estar na ponte Rio-São Paulo será mais um ganho de visibilidade de marca, para que esses passageiros saibam quem é a Azul, qual nosso produto e experimentem nossos voos domésticos e internacionais, a partir de outros aeroportos. Estar em Congonhas não muda nossa vida, mas veja que nossa chegada lá já fez nossos concorrentes se mexerem, colocarem serviço de bordo gratuito, diminuir tarifas... E eles fizeram de tudo para nos barrar, o que mostra a força da marca Azul”, continua.

De acordo com o presidente da Azul a quarta maior rota do mundo não pode ter apenas dois players. “Em todo o mundo, rotas similares têm no mínimo quatro competidores”. Para ele, a chegada da Azul será boa para o consumidor, que terá “o melhor produto aéreo do mundo” e competição entre empresas, e para o mercado em geral.

O presidente da Azul acha que Congonhas deve ser ainda mais aberto a novos players e a mais operações. “Ainda podemos fazer mais em Congonhas, mas nossos concorrentes não querem que o aeroporto cresça. Nossa chegada lá, no entanto, será definitiva e um marco em nosso história”.

Rodgerson estará no voo inaugural da Azul na ponte Rio-São Paulo na próxima quinta-feira, e já se prepara para outros grandes acontecimentos este ano, como a chegada do 195-E2, da Embraer, que receberá em 12 de setembro, além de outras novidades, como as joint-ventures que estão sendo desenhadas com a Tap e a United Airlines.

A entrevista completa com o presidente da Azul será publicada na edição da Revista PANROTAS que trará a Power List 2019 elaborada pela PANROTAS, com os 100 Mais Poderosos do Turismo.

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Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.