Artur Luiz Andrade   |   08/02/2023 10:17

CEO da Azul promete conectar o Brasil de verdade a partir de Congonhas (SP)

John Rodgerson, CEO da companhia, está animado com as possibilidades de voos e conexões em Congonhas


PANROTAS / Emerson Souza
John Rodgerson, CEO da Azul
John Rodgerson, CEO da Azul
O CEO da Azul Linhas Aéreas, John Rodgerson, se diz animadíssimo para entrar para valer na concorrência aérea a partir do principal aeroporto do País, o de Congonhas, em São Paulo. Segundo ele, foram 14 anos de luta para entrar no aeroporto, onde a Azul sempre teve uma atuação “humilde”. No próximo mês, a Azul deve dobrar sua oferta no aeroporto.

“Agora entraremos com força. Teremos Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Confins, Recife com força. Essa operação em Congonhas vai abrir novo público para nós. Muita gente falava: amo a Azul, mas ela não está em Congonhas. Esse novo público vai agora ter a Azul em Congonhas. Não vai ter mais essa desculpa. Vamos ter voos para as principais cidades e vamos conectar de verdade o Brasil. A Azul Conecta, nossa regional, voa para tantas cidades, que agora serão conectadas com Congonhas. Como todas as cidades do Paraná, por exemplo”, explica Rodgerson, que em breve anunciará os detalhes da operação no aeroporto da capital paulista.

Ontem, Rodgerson e seu time receberam os parceiros da Disney Destinations no hangar da companhia em Viracopos, Campinas (SP), para a celebração da Frota Mais Mágica do Mundo, que ganhará uma quinta e última aeronave este ano, com homenagem ao Pateta.

“O pedido do quinto avião para a Frota Mais Mágica do Mundofoi surpresa para nós. Foi um pedido extra, que decidimos há duas semanas. Ele será produzido em Toulouse, na sede da Airbus, e chegará até o final do ano. Mas nossa parceria com a Disney está apenas começando”, afirma John Rodgerson, que está satisfeito com a demanda para Orlando, na Flórida.

“Colocamos nossa aeronave mais nova para Orlando, o A350. A demanda foi tão grande que colocamos um avião com 338 assentos, e temos dois voos por dia na alta temporada. Voamos para onde nossos clientes querem voar e Orlando e Fort Lauderdale, na Flórida, são dois destinos brasileiros.”

Ele destaca ainda a operação na capital mineira. A Azul anunciou o Belo Horizonte-Fort Lauderdale, que começa em junho, três vezes por semana, e também a operação de Confins para Orlando, em setembro, duas vezes por semana.
A Azul está atrás de mais operações internacionais? “Teremos novidades ao longo do ano. Nem eu sabia que Curaçao iria vir tão rapidamente, por exemplo. Foi uma boa surpresa. Sentamos com Curaçao e Minas Gerais e foi uma ótima oportunidade. Tem várias cidades no mundo que querem voos da Azul. Vamos ter novidades sim”, garante ele.

CUSTOS

Segundo o CEO da Azul, a demanda está excelente, mas os custos continuam elevados, o que prejudica uma retomada mais plena. “Em termos de demanda, vivemos melhor momento. Mas com custos muito altos. Temos a dívida da covid, combustível caro, câmbio desvalorizado. Somos a empresa mais pontual do mundo, graças à paixão de nossos 14 mil tripulantes, que reconstruíram a empresa do zero, desde 2020”, avalia, ressaltando que os custos altos atrapalham essa celebração da retomada.

Mas e as tarifas altas? Não compensam esses custos? “Tarifa alta não compensa os custos. Câmbio desvalorizou 40% e combustível dobrou, mais o custo da pandemia. Quase um ano sem receita. Pouco a pouco estamos voltando para onde queremos estar”, finaliza.

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