Germán Efromovich diz que voltará com operações da antiga Avianca Argentina
Empresário relata, contudo, que enfrenta uma série de obstáculos criados para que a companhia não volte
O empresário Germán Efromovich afirmou que a Avianca (antiga Avian) voltará às atividades na Argentina, após a empresa ter tido suas operações interrompidas em 2019. Em declarações feitas ao portal Aviacionline, Efromovich revelou que já foi feito o depósito necessário para retomar a companhia aérea. Ele disse ainda que tem enfrentado dificuldades com terceiros que estariam tentando impedir o retorno da Avianca ao mercado.
Em uma reunião realizada no começo desta semana, o empresário se encontrou com o secretário de Transporte da Argentina, Franco Mogetta, e o subsecretário de Transporte Aéreo, Hernán Gómez. Efromovich afirmou que foi "muito bem recebido" pelas autoridades e que a proposta de reativação da companhia foi vista de forma "muito positiva". Ele explicou que a Avianca está trabalhando para resolver os obstáculos legais, mas ressaltou que algumas dificuldades estão sendo causadas por pessoas que, segundo ele, buscam obstruir o processo de reativação.
"Estamos levantando a falência da Avianca, com algumas dificuldades criadas por algumas pessoas que neste momento prefiro não comentar. A situação pode ser muito séria, até no nível de extorsão, e já estamos conversando com advogados"
German Efromovich
Ele destacou que, apesar desses obstáculos, confia que o tribunal tomará as providências necessárias para que a empresa retome suas operações.
Avianca Argentina, anteriormente conhecida como Avian, havia iniciado suas operações regulares em novembro de 2017, como parte da "Revolução dos Aviões" do governo de Mauricio Macri. A empresa, vinculada ao grupo de Efromovich, operava sob a marca Avianca Argentina, embora não estivesse diretamente relacionada à Avianca da Colômbia, mas à brasileira Oceanair, que também operava sob a marca Avianca Brasil.
Efromovich detalhou ainda que, para a reativação das operações, serão utilizados os mesmos aviões ATR que estão armazenados no Aeroporto Jorge Newbery, em Buenos Aires. Ele explicou que os aviões são de um arrendador que os comprou da fabricante ATR, e que, após a resolução do processo judicial, o arrendador se comprometeu a devolvê-los para que a empresa possa retomar suas atividades.
Na mesma entrevista, o empresário também fez questão de alertar sobre a existência de grupos trabalhando contra a reativação da empresa, o que, segundo ele, tem levado o juiz responsável pelo caso a ser "induzido ao erro". Efromovich não descartou a possibilidade de que esse processo leve a ações legais contra as pessoas envolvidas.
Ele antecipou que, assim que a autorização judicial for concedida, revelará mais detalhes sobre os acontecimentos para alertar outras empresas e empresários sobre possíveis dificuldades semelhantes. "Vou revelar tudo o que aconteceu aqui para que sirva de exemplo, para que outras empresas não sejam colocadas em uma situação de dificuldade", afirmou em mais uma declaração ao portal Aviacionline.