Boeing fecha segundo trimestre de 2025 com receita de US$ 22,7 bilhões
Fabricante ainda avançaou na produção do 737, melhorou o fluxo de caixa e ampliou carteira de pedidos

A Boeing divulgou nesta terça-feira (29) os resultados financeiros do segundo trimestre de 2025, com destaque para uma receita de US$ 22,7 bilhões, alta de 26% impulsionado principalmente pelo crescimento no volume de entregas comerciais, que chegou a 150 aeronaves no período.
Apesar da alta na receita, a companhia teve prejuízo GAAP por ação de US$ 0,92 e prejuízo básico (não GAAP) de US$ 1,24 por ação. Já o fluxo de caixa operacional foi positivo em US$ 200 milhões, refletindo o ritmo mais forte de entregas e o cronograma de capital de giro. Já o fluxo de caixa livre, métrica não-GAAP usada para avaliar a liquidez operacional, foi negativo em US$ 0,2 bilhão.
A Boeing informou ainda que encerrou o trimestre com US$ 23 bilhões em caixa e investimentos em títulos negociáveis, levemente abaixo dos US$ 23,7 bilhões registrados no início do trimestre. A variação é explicada pelo pagamento de dívidas e uso do fluxo de caixa livre. A dívida total da empresa caiu de US$ 53,6 bilhões para US$ 53,3 bilhões, com amortizações programadas
“Nossas mudanças para fortalecer a segurança e a qualidade estão produzindo melhores resultados à medida que estabilizamos nossas operações e entregamos aeronaves, produtos e serviços de maior qualidade aos nossos clientes. Seguimos focados em restaurar a confiança e avançar continuamente em nossa recuperação”
Kelly Ortberg, presidente e CEO da Boeing
Produção acelera e carteira de pedidos cresce
Apenas a divisão de Aviões Comerciais foi responsável por US$ 10,9 bilhões da receita total do trimestre, com margem operacional negativa de 5,1%. Um dos destaques foi o aumento na produção do modelo 737, que atingiu o ritmo de 38 unidades por mês. A Boeing informou que pretende manter esse patamar antes de solicitar aumento para 42 aeronaves/mês ainda em 2025.
Já o programa 787 Dreamliner opera atualmente com produção de sete unidades por mês. Entre os destaques comerciais do trimestre estão 455 pedidos líquidos, incluindo: 120 unidades do 787 e 30 do 777-9 para a Qatar Airways; e 32 unidades do 787-10 para a British Airways.
A carteira de pedidos da divisão comercial totaliza mais de 5,9 mil aeronaves, avaliadas em US$ 522 bilhões, contribuindo para o volume total da carteira da Boeing, que chegou a US$ 619 bilhões ao fim do trimestre.