Filip Calixto   |   17/11/2022 18:30
Atualizada em 18/11/2022 10:31

Executivos de aéreas discutem estratégias no Abav MeetingSP

Representantes de Latam, Gol e Azul participaram do Abav MeetingSP


PANROTAS / Emerson Souza
Gervásio Tanabe, da Abracorp, mediou um painel com Aline Mafra, da Latam Airlines, Juliane Castiglione, da Gol, e Anderson Serafim, da Azul
Gervásio Tanabe, da Abracorp, mediou um painel com Aline Mafra, da Latam Airlines, Juliane Castiglione, da Gol, e Anderson Serafim, da Azul
Debatendo o planejamento das companhias aéreas para o médio e o longo prazo, o Abav MeetingSP recebeu Aline Mafra, diretora de Vendas e Marketing da Latam Airlines Brasil, Anderson Serafim, gerente Comercial senior da Azul, e Juliane Castiglione, gerente de Vendas Corporativas da Gol. O painel foi mediado por Gervásio Tanabe, presidente executivo da Abracorp.

No debate, que durou pouco mais de 30 minutos, o principal tema foi estratégia de vendas e como a digitalização influencia nesse processo. Os três executivos foram unânimes em projetar melhora para 2023, tanto na oferta disponível quanto nas vendas totais. Eles também concordaram que todos os esforços feitos pelas empresas têm como sentido principal atender o viajante no ambiente em que se concentra a demanda, seja por meios virtuais, redes sociais, agências de viagens ou outras ferramentas.

Os executivos também foram uniformes em apontar as agências como um canal fundamental para preencher os voos disponíveis mas alertaram para a necessidade de evoluir e as tecnologias que o mercado pede.

"Nosso preceito é estar onde o viajante está, seja site, agência ou onde for", afirmou Juliane Castiglione, da Gol. Ela também pontuou que a companhia tem percebido crescimento considerável nos canais digitais.

Endossando a percepção da executiva da Gol, Aline Mafra, da Latam, observou que as agências têm atualmente trabalhado de maneiras mais híbridas e otimizando suas vendas por todos os canais.

COMÉRCIO DE MILHAS
Tanabe aproveitou a ocasião para pedir aos participantes as posições das empresas a respeito do novo mercado de comercialização de milhas, que cresce no Brasil.

Nesse tema os três também concordaram afirmando que são contra a comercialização de milhas por pessoas físicas e que as marcas têm tomado atitudes para coibir a prática.

"Não temos interesse e também não achamos saudável a manutenção dessa prática, com a comercialização sem regras", afirmou Juliane.

Serafim, da Azul, ressaltou que as vendas de milhas já se tornaram um nicho à parte mas que a Azul tem trabalhado em ferramentas que regulem o comércio e já até bloqueou contas de clientes que vendiam suas milhas.

Aline Mafra, da Latam, lembrou que o comércio de milhas acaba prejudicando as aéreas e todo o mercado, pois deturpa o plano desenhado inicialmente. "Acaba destruindo uma estratégia criada", afirma.

Tópicos relacionados