Karina Cedeño   |   25/03/2024 17:39   |   Atualizada em 25/03/2024 17:42

Abear e aéreas ingressam em mediação on-line de conflitos de passageiros

Companhias aéreas poderão entrar em contato com o consumidor antes que os processos prossigam


Divulgação/Abear
Objetivo da parceria entre as empresas aéreas e o TJ-PR é o de facilitar a solução extrajudicial de conflitos no setor aéreo
Objetivo da parceria entre as empresas aéreas e o TJ-PR é o de facilitar a solução extrajudicial de conflitos no setor aéreo

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), suas associadas Gol e Latam, além da Azul, formalizaram, no último dia 20, sua adesão ao programa do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR) que integra a plataforma consumidor.gov.br aos Juizados Especiais Cíveis. O objetivo da parceria entre as empresas aéreas e o TJ-PR é facilitar a solução extrajudicial de conflitos no setor aéreo.

“No ano em que comemoramos os 300 anos da Justiça Togada no Estado e os 132 anos do Tribunal de Justiça do Paraná, nos sentimos muito felizes em participar de um convênio tão importante que atenderá inúmeros consumidores da nossa querida terra dos pinheirais”, afirma o presidente do TJ-PR, desembargador Luiz Fernando Tomasi Keppen.

De acordo com o diretor administrativo, financeiro e compliance da Abear, Antonio Augusto do Poço Pereira, o programa do TJ-PR permitirá aos consumidores que substituam a audiência de conciliação por uma negociação no Consumidor.gov.br. Caso seja essa a opção, as companhias aéreas entrarão em contato com o consumidor antes que o processo prossiga.

Qualidade dos serviços

O diretor da Abear ainda destacou que o excesso de judicialização ocorre apesar da alta qualidade dos serviços das empresas aéreas brasileiras, que têm 85% de pontualidade dos voos, acima da média de 79% das companhias dos Estados Unidos. No Brasil, o índice de malas extraviadas é de 2,45 a cada mil, enquanto no mundo essa taxa é de 5,69. Segundo Poço Pereira, no País ocorre uma ação a cada 227 passageiros transportados, já no mercado norte-americano essa relação é de uma ação a cada 1,2 milhão de passageiros transportados. Além disso, ele destaca que o gasto anual das empresas aéreas com judicialização é da ordem de R$ 1 bilhão.

Redução de custos e eficácia

“Um projeto experimental realizado no 11º juizado de Curitiba confirmou as expectativas. Nós tivemos uma redução do tempo médio dos processos nos quais foram aplicadas essa sistemática, e o índice de acordos obtidos pela plataforma foi quase três vezes superior ao número de acordo obtidos nas audiências tradicionais de conciliação. Com esta primeira etapa, as conclusões que tivemos é de que, sim, reduz os custos para todos os envolvidos e é mais eficaz”, afirmou o juiz de Direito substituto Henrique Kurscheidt.

Também marcaram presença no evento:

  • Tadaaqui Hirose, desembargador aposentado do TRF4;
  • Desembargador Fernando Ferreira de Moraes;
  • Ouvidor-Geral do TJPR; Lucas Cavalcanti da Silva;
  • Juiz Auxiliar da 2ª Vice-Presidência; Henrique Kurscheidt;
  • Juiz de Direito Susbstituto; Fernando Prazeres;
  • 2º Vice-Presidente do TJPR; Desembargador Roberto Portugal Bacellar;
  • Desembargador Luiz Carlos Gabardo;
  • Desembargador Jucimar Novochadlo;
  • Juiz-auxiliar da 2ª Vice-Presidência Lucas Cavalcanti da Silva;
  • Advogada da Azul, Renata Rodrigues;
  • Gerente jurídica da Gol, Luana Corina Antonioli;
  • Consultor jurídico da Companhia Latam Brasil, Thomaz Henrique Jodjahn Siegrist.


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