Pedro Menezes   |   22/09/2025 10:35

Brasil vai reduzir distância entre aeronaves em voos internacionais no Atlântico; entenda

Intervalo entre as aeronaves poderá cair para apenas 5 minutos, isso sem comprometer a segurança

Pixabay
Decea vai implementar o PBCS (Performance-Based Communication and Surveillance), sistema que usa tecnologias mais modernas de comunicação e vigilância para controlar o tráfego de aeronaves
Decea vai implementar o PBCS (Performance-Based Communication and Surveillance), sistema que usa tecnologias mais modernas de comunicação e vigilância para controlar o tráfego de aeronaves

O espaço aéreo sobre o Oceano Atlântico, que está sob responsabilidade do Brasil, passará por uma importante mudança a partir de 2026. O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) está implementando o PBCS (Performance-Based Communication and Surveillance), sistema que usa tecnologias mais modernas de comunicação e vigilância para controlar o tráfego de aeronaves.

Hoje, os aviões que cruzam o Atlântico precisam manter uma distância mínima de 10 minutos de voo uns dos outros, o equivalente a cerca de 80 milhas náuticas. Com a primeira fase do projeto, esse intervalo poderá cair para apenas 5 minutos, isso sem comprometer a segurança.

A expectativa é que os ganhos sejam ainda maiores conforme mais aeronaves passem a voar equipadas com sistemas compatíveis com os novos requisitos tecnológicos.

Segundo o Decea, a novidade vai trazer diversos benefícios:

  • Mais segurança e organização no espaço aéreo;
  • Maior capacidade de tráfego, já que mais aviões poderão cruzar a mesma região ao mesmo tempo;
  • Economia de combustível, com rotas mais diretas e níveis de voo ajustados ao desempenho das aeronaves;
  • Menos poluição, pela redução das emissões;
  • Mais flexibilidade nas rotas, especialmente em situações de mau tempo.

O projeto faz parte do Programa SIRIUS Brasil e alinha o país às práticas recomendadas pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), que busca padronizar regras no mundo todo. De acordo com o Brigadeiro do Ar James Souza Short, do DECEA, a iniciativa “representa um avanço operacional e reforça o compromisso do Brasil com a segurança e a eficiência no controle de tráfego aéreo”.

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Sobre o autor

Natural do Rio de Janeiro, Pedro Menezes é bacharel em Comunicação Social/Jornalismo e atua há 12 anos na imprensa especializada em Turismo. Atualmente, é editor do maior portal brasileiro voltado a profissionais do setor, com base em São Paulo. O jornalista tem experiência em cobertura nacional e internacional de feiras, congressos e eventos, além de pautas de política e economia ligadas ao Turismo.