Marcos Martins   |   10/06/2019 14:41

Aviação desacelera com retração da economia e crise da Avianca

Associação de Transporte Aéreo da América Latina e Caribe (Alta) divulgou números da aviação regional no mês de abril, que revelam crescimento menor do setor no País


Divulgação GRU
Associação divulga números obtidos pelo setor em abril
Associação divulga números obtidos pelo setor em abril
As companhias aéreas da América Latina e Caribe transportaram 24,1 milhões de passageiros em abril, 4,4% a mais do que o mesmo mês no ano passado. O número representa um milhão de passageiros adicionais. E o Brasil, que crescia com dinamismo nos últimos meses, teve uma leve desaceleração em abril, com crescimento de apenas 0,61%. Os principais motivos para essa queda foram a crise da Avianca Brasil e uma retração da economia durante o primeiro trimestre.

No entanto, no acumulado anual, o Brasil atingiu um crescimento de 3,2%, o que demonstra uma vez mais que a indústria é flexível diante de condições econômicas desafiantes, de acordo com a Associação de Transporte Aéreo da América Latina e Caribe (Alta).

CRESCIMENTO REGIONAL

O México, que é o segundo mercado mais importante da região, teve um crescimento sólido com quase 400 mil passageiros adicionais no seu mercado doméstico, equivalente a um aumento de 8,3%. Assim como o Brasil, o México atravessa condições econômicas desafiantes, com uma retração da sua economia de 0,2% durante o primeiro trimestre de 2019.

A Argentina, Chile e Peru continuam com um crescimento superlativo. Em abril foram transportados 1,14 milhões de passageiros no mercado doméstico chileno, equivalente a um crescimento percentual de 37,8%. Este dinamismo no Chile vem impulsionado pela redução de taxas aeroportuárias iniciada em 2018 e pelo crescimento das LCC (companhias low cost carrier). A Argentina, por sua vez, cresceu 16%, transportando 1,2 milhões de passageiros em abril. E no Peru foram transportados 1,2 milhões de passageiros, o que representa 15% a mais que em abril de 2018.

“As companhias aéreas da região continuam fazendo ajustes para se adaptarem às condições macroeconômicas e às incertezas diante do panorama econômico mundial. Ainda assim, o tráfego de passageiros continua mostrando uma tendência positiva e, atualmente, o crescimento na região, em termos percentuais é superior ao crescimento global”, afirma o CEO da Alta, Luis Felipe de Oliveira.

O tráfego inter-regional mostrou um leve decrescimento pelo segundo mês consecutivo (-1,7%), impulsionado principalmente pela diminuição do tráfego entre Argentina-Chile, Argentina-Panamá e Argentina-Brasil. O tráfego internacional extra-regional cresceu 6,5%, impulsionado pelo crescimento do tráfego para a Europa (16%) e para a América do Norte (4,7%).

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