Nathalia Ribeiro   |   29/06/2022 15:36
Atualizada em 29/06/2022 15:44

Aéreas brasileiras registram prejuízo de R$ 15 bilhões em 2021

Dados divulgados pela Anac detalham o resultado contábil das empresas nacionais


Flickr/DennisJarvis
Dados divulgados pela Anac detalham o resultado contábil das empresas nacionais
Dados divulgados pela Anac detalham o resultado contábil das empresas nacionais
O relatório econômico das três principais empresas aéreas brasileiras – Azul, Gol e Latam –, divulgado nesta quarta-feira (29) pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mostra que, no acumulado do ano de 2021, elas acumularam prejuízo líquido de R$ 15,19 bilhões. Esse valor foi 25,3% menor na comparação com os dados apurados no mesmo período de 2020, quando a soma do ano ficou em R$ 20,3 bilhões. Nos 12 meses do ano passado, a margem líquida acumulada foi de -100%.

No quarto trimestre do ano passado, juntas, as companhias apresentaram prejuízo líquido de R$ 4,4 bilhões, com margem líquida de -39,1%. No mesmo período do ano anterior, o resultado foi de R$ 678 milhões e margem líquida de -12,49%. Os principais indicadores econômicos das companhias brasileiras estão disponíveis para consulta na página Demonstrações Contábeis da Empresas Aéreas.

Entre as aéreas, a Gol foi a única a apresentar lucro bruto negativo no último trimestre de 2021, no valor de R$ 957,6 milhões. Na prática, o resultado aponta que as receitas diretamente ligadas a sua operação não foram suficientes para cobrir seus custos. No último trimestre do ano passado, a Azul obteve lucro bruto de R$ 918 milhões e, a Latam, de R$ 759 milhões.

As receitas de serviços aéreos das três companhias aumentaram 116,2% em relação ao 4º trimestre de 2020. Por outro lado, os custos e despesas operacionais aumentaram 98,17%. A receita de passagens aumentou 127,37% e representou 82,36% do total das receitas de serviços aéreos. As receitas com Carga e Mala Postal, por sua vez, aumentaram em 14,39% e representaram 5,74% do total. Entre os custos e as despesas, o maior valor verificado no 4º trimestre foi referente ao de combustíveis e lubrificantes (29,13%), seguido de seguros, arrendamentos e manutenção (24,4%) e custo com pessoal (11,52%).

Cenário do setor aéreo
Os resultados aferidos no relatório econômico das companhias mostram que o setor aéreo permaneceu sob forte impacto da pandemia de covid-19. Embora os dados de demanda de passageiros pagos transportados (RPK) e a oferta de assentos (ASK) no mercado doméstico tenham registrado alta de 40,4% e 39,6%, respectivamente, em 2021 frente aos números de 2020, na comparação com o acumulado de 2019, ambos os indicadores apresentaram retração, de 27,8% e 25,8%, respectivamente.

Fatores que impactaram o mercado aéreo
No 4º trimestre de 2021, a taxa de câmbio foi 3,4% maior em relação ao mesmo período de 2020. O preço do combustível (QAV) também apresentou variação positiva, nesse caso, o aumento foi de 82,5% na média trimestral. Os combustíveis e lubrificantes representaram 30% dos custos dos serviços aéreos públicos.

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados

Avatar padrão PANROTAS Quadrado azul com silhueta de pessoa em branco ao centro, para uso como imagem de perfil temporária.

Conteúdos por

Nathalia Ribeiro

Nathalia Ribeiro tem 1032 conteúdos publicados no Portal PANROTAS. Confira!

Sobre o autor

Colaboração para o Portal PANROTAS