
Como fazer o dinheiro render mais em viagens aos EUA? Veja dicas e opinião das operadoras
Veja opinião das operadoras, além de dicas sobre parques, hotéis e mais atrativos no país
Viajar para os Estados Unidos segue sendo o sonho de muitos brasileiros. Os números falam por si: o Brasil foi o terceiro país que mais recebeu vistos americanos em 2024. Ao todo, foram 1,151 milhão de autorizações concedidas. Em chegadas, exatos 1,91 milhão de brasileiros visitaram os EUA no ano passado, número que tem tudo para chegar na casa dos 2 milhões neste ano de 2025, segundo a previsão oficial do Escritório Nacional de Viagens e Turismo (NTTO) dos EUA.
Dos dez maiores mercados para o país, apenas o Brasil segue crescendo em todos os meses deste ano. E seguiremos aumentando o envio de viajantes pelo menos até o fim da década (se nada mudar na política e economia, evidentemente). Em 2026, a previsão é receber 2,34 milhões de brasileiros, número que seguirá aumentando em 2027 (2,5 milhões), em 2028 (2,62 milhões) e em 2029 (2,7 milhões).
Mesmo assim, com o dólar oscilando e ainda muito alto para quem viaja para os Estados Unidos, o custo de vida cada vez mais elevado por lá (já se sente os efeitos da inflação) e tensões socioeconômicas que acabam afetando diversos setores da economia, fazer valer cada centavo se tornou essencial em cada ponto do itinerário.
Não é de hoje que há uma tendência de viagens mais curtas, mais econômicas e mais bem pensadas para não extrapolar o orçamento familiar, embora seja difícil às vezes. Mas como economizar sem abrir mão da diversão? Como fazer o dinheiro render mais em viagens aos Estados Unidos? Como obter mais benefícios, que agreguem valor à viagem e façam cada dólar investido valer a pena sem deixar dúvidas?
Nesta reportagem, trazemos diversas estratégias possíveis para multiplicar o valor do dinheiro durante uma viagem aos EUA, com destaque para os parques temáticos, mas indo além deles.
Parques da Disney, United Parks e Universal
Cada um destes complexos temáticos oferece vantagens distintas, pacotes promocionais e benefícios exclusivos que podem fazer toda a diferença na economia final da viagem, incluindo na parte de hospedagem dentro dos respectivos complexos. Olhando superficialmente é mais caro ficar hospedado dentro dos complexos de parque. Mas fazendo a conta (que deve incluir transporte, alimentação, estacionamento...) e analisando as comodidades (tempo para entrar mais cedo nos parques, acesso facilitado, proximidade, pacotes de refeição, imersão), pode valer muito a pena. E melhorar a experiência da viagem.
Disney


No Walt Disney World Resort, localizado em Orlando, por exemplo, há descontos de até 40% em hospedagem para determinados perfis de visitantes; a inclusão gratuita do plano de refeições em pacotes específicos com no mínimo quatro noites e ingressos com a opção Park Hopper; e ingresso gratuito aos parques aquáticos no dia do check-in para hóspedes de hotéis da Disney desde o começo do ano.
Além disso, se hospedar em um dos seus hotéis e resorts, por vezes, pode ser um sinônimo de economia. Além da imersão completa no universo Disney, com decoração temática, atendimento diferenciado e personagens circulando pelos hotéis, os hóspedes desfrutam de benefícios exclusivos como transporte gratuito para os parques, entrada antecipada nas atrações selecionadas, possibilidade de agendar Lightning Lanes com antecedência e envio direto de compras feitas nos parques para o quarto. A localização privilegiada também permite mais tempo de diversão e menos deslocamento.
E não para por aí! Hóspedes de Resorts Disney ganham um plano de refeições gratuito para seus filhos (de 3 a 9 anos) ao adquirir um plano de refeições junto com o pacote para outros membros do grupo/família (a partir de 10 anos). A promoção será válida ao longo de 2026 para qualquer um dos mais de 25 hotéis Disney Resort. Os planos de refeições podem ajudar o hóspede a maximizar a sua estada com mais tranquilidade, permitindo aproveitar alguns dos muitos restaurantes por todo o complexo. E a refeição sai mais barata no plano pré-pago.
Na Califórnia, o complexo da Disneyland Resort oferece os mesmos benefícios, com a grande vantagem de se poder fazer tudo a pé, pois os parques e os hotéis estão bem próximos.
Universal Orlando

No Universal Orlando, o lançamento do novo parque Epic Universe, em maio deste ano, ampliou o leque de atrações e hotéis disponíveis pelo complexo. Neste caso, os pacotes com ingressos combinados incluem Universal Studios Florida, Islands of Adventure e o Epic Universe, com opção de pacotes com hospedagem e Express Pass, e prometem ser muito mais econômicos ao serem comprados no Brasil e dentro de um combo completo.
E a grande novidade é que, a partir de janeiro de 2026, os visitantes brasileiros poderão visitar o complexo usando o Universal Orlando All Parks Ticket, que dará acesso ilimitado por até 14 dias aos 4 parques do Universal Orlando – incluindo o Epic Universe. Serão 14 dias de visitas ilimitadas, a forma mais econômica de visitar os parques da Universal e poder aproveitar cada segundo com muita calma, aliás são duas semanas seguidas de parques liberados. Essa novidade vai substituir o clássico 3-Park Explorer, que conta hoje com as mesmas vantagens citadas acima, mas sem a visita inclusa do Epic Universe!
Além disso, durante eventos como o Halloween Horror Nights, o visitante pode comprar ingressos com Express, acesso antecipado, experiências VIP e produtos exclusivos, o que incrementa a sua experiência dentro do parque. Promoções como "criança grátis" em pacotes familiares com operadoras internacionais também aparecem com frequência, então é sempre bom ficar ligado.
E não para por aí. Hospedar-se em um hotel oficial da Universal Orlando traz uma série de vantagens que elevam a experiência nos parques. Hoje são 11 hotéis e 11 mil quartos, de diversas categorias, que permitem os hóspedes terem acesso antecipado aos parques de diversão para melhor aproveitar as atrações mais concorridas com menos filas.
Além disso, quem se hospeda nos hotéis Loews Portofino Bay Hotel, Hard Rock Hotel ou Loews Royal Pacific Resort, todos da categoria Signature Collection, ainda recebe o Universal Express Unlimited gratuito, que dá acesso rápido a diversas atrações. Já outros resorts, como Surfside Inn e Dockside Inn, que são da categoria Value (mais econômica), praticam diárias a menos de US$ 100 muitas vezes no ano, o que pode ser vantajoso ao colocar todos os benefícios inclusos nesta balança. Isto porque, todos os hotéis oferecem transporte gratuito para os parques e o CityWalk, além de facilidade no envio de compras diretamente para o hotel. A ambientação temática, o atendimento personalizado e a proximidade com os parques tornam a estadia ainda mais prática e envolvente, ainda mais em famílias com crianças que podem aproveitar, muitas vezes, de unidades habitacionais capazes de receber até 6 pessoas.
SeaWorld

O SeaWorld, por sua vez, se destaca com seus passes sazonais que oferecem entrada ilimitada a preços reduzidos (até 55% de desconto), bem como promoções regionais como o Preschool Fun Card gratuito para crianças em cidades como San Diego e Orlando. Há também combos com créditos em alimentação e estacionamento incluídos – uma vantagem para quem vai passar o dia e se alimentar no parque.
E para quem está planejando visitar o SeaWorld Orlando neste ano, pode aproveitar uma promoção bastante vantajosa: em vez de adquirir apenas o ingresso básico, que custa a partir de US$ 117,99, é possível escolher a opção de dois parques com alimentação inclusa por a partir de US$ 139,99. A diferença entre as opções é de apenas US$ 22, valor que normalmente seria gasto em uma única refeição no parque, mas que, nesse caso, já cobre todas as refeições do dia (a cada 90 minutos) e ainda garante acesso a mais uma atração.
O plano de alimentação incluso nessa oferta equivale ao All-Day Dining Deal, que fora da promoção custa a partir de US$ 44,99 se comprado com antecedência. O visitante pode se alimentar a cada 90 minutos, com direito a um prato principal, um acompanhamento ou sobremesa e uma bebida não alcoólica por visita aos restaurantes participantes.
Essa condição especial está disponível exclusivamente por meio de operadoras e agências de viagens brasileiras e pode ser encerrada a qualquer momento. Após a emissão, o ingresso tem validade de 12 meses e não exige reserva prévia. Além disso, é possível montar a programação como quiser, seja visitando dois parques diferentes ou repetindo o mesmo parque em dias distintos.
Muito além dos parques
CASAS DE ALUGUEL - Fora dos parques, mas ainda em Orlando, alugar uma casa de férias ou até mesmo um belo apartamento em Kissimmee, por exemplo, pode reduzir os custos com alimentação e acomodação; oferecer mais espaço e conforto; e permitir economia com refeições feitas na cozinha equipada, após as compras que são divididas no Walmart ou Target.
Uma casa com dez quartos, em julho, em Kissimmee, no condomínio Reunion, custava cerca de US$ 2 mil por dia. Para quem viaja em grupo (família ou amigos) pode sair mais barato que ficar em um hotel. Há casas menores a preços também mais em conta que hotéis, mas tudo depende de fazer conta e dos objetivos dos viajantes. No condomínio Magic Village, que recebe muitos brasileiros, as casas são de dois ou três quartos e as famílias pedem limpeza praticamente todo dia (cerca de US$ 150 por serviço), o que mostra que brasileiro quer comodidade e proximidade com os parques.
MAIS HOSPEDAGENS - Para economizar nos meios de hospedagem, vale procurar tarifas que ofereçam café da manhã, hotéis com quartos amplos que acomodem mais pessoas (alguns comportam 4 em duas camas de casal, mais duas em um sofá cama, por exemplo), hotéis com benefícios como crédito para compras no empreendimento ou transporte grátis para atrações, e muitos outros mimos e presentes que podem estar descritos no site oficial ou em promoções sazonais. Há hotéis que oferecem, além do café da manhã, happy hour para os hóspedes. Outros, incluem o estacionamento na diária. Vale pesquisar o que cada um oferece, mas se atentar que muitas vezes os benefícios estão embalados por uma resort fee.

PASSES COM INGRESSOS - Em muitos grandes centros, outra forma certeira de economizar são os passes urbanos para atrações, como o CityPASS e Go City. Em cidades como Nova York, Chicago, San Francisco, Denver, San Diego e Houston, esses passes oferecem entrada para 3 a 10 atrações com economia de 30% a 55%; acesso a atrações icônicas como Empire State Building, museus, aquários, cruzeiros e observatórios (CityPASS); e versões "All-Inclusive" ou "Explorer Pass", com dias ilimitados ou número fixo de atrações (Go City).
COMER COM DESCONTO - A alimentação também pode pesar no orçamento, mas há diversas maneiras de reduzi-lo sem comprometer a experiência. Uma das estratégias mais eficientes é viajar durante eventos como o Restaurant Week. Cidades como Nova York, Chicago, Miami, Houston, Los Angeles, Boston, Denver e Dallas oferecem menus completos com preços fixos em restaurantes renomados; opções a partir de US$ 25 para almoço e US$ 39 para jantar; e eventos como o Latin Restaurant Weeks com culinária diversa e menus especiais.
A NYC Restaurant Week, por exemplo, é um evento gastronômico realizado em Nova York duas vezes por ano (no inverno e no verão) e em 2025 sua edição de verão ocorreu de 21 de julho a 17 de agosto. Durante esse período, cerca de 600 restaurantes espalhados pelos cinco distritos da cidade ofereceram menus especiais com preços fixos: US$ 30, US$ 45 ou US$ 60 por pessoa, normalmente incluindo dois pratos no almoço e três no jantar (bebidas, taxas e gorjetas não estão inclusas).
Abusar das idas a mercados (muitos vendem comida pronta, como Walmart, Target e WholeFoods), visitar as delis ou os restaurantes locais, fora do circuito turístico, também pode ajudar nas despesas. Os locais mais caros para alimentação são dentro das atrações ou nas principais regiões turísticas.
HOTELARIA - Ainda sobre Nova York, o New York City Tourism + Conventions anunciou recentemente que já estão abertas as reservas para a NYC Hotel Week. O programa, válido para hospedagens de 2 de janeiro a 9 de fevereiro de 2025, oferece 25% de desconto na tarifa de quartos na categoria standard em hotéis selecionados.
DINHEIRO OU CARTÃO - Outra dica para quem ainda está no Brasil é comprar dólares aos poucos, aproveitando quedas de cotação. É uma forma segura de amortizar oscilações cambiais. Diversificar a compra entre papel-moeda e cartão pré-pago ajuda no controle financeiro. Aplicativos de câmbio e fintechs oferecem alertas de variação de preço e agendamento automático.
FIDELIDADE - Outro recurso poderoso são os programas de fidelidade e cartões de benefícios. Assinantes Disney+, membros da AARP, clientes de determinados cartões de crédito e sócios de clubes de compras (como o Sam’s Club e Costco) têm acesso a descontos em ingressos, aluguel de carro, hotéis e experiências locais; e cashback ou pontos que ajudam a abater parte das despesas.
CONTRAFLUXO - Também vale prestar atenção aos períodos de baixa temporada, que geralmente ocorrem em abril, maio, agosto, setembro e outubro, quando os visitantes encontram menos fluxo turístico e consequentemente preços mais baixos em hospedagem, passagens e atrações. Outra dica é evitar feriados americanos e férias escolares brasileiras, como os meses de junho e julho. É quando os EUA estão literalmente pegando fogo, seja pelo calor extremo, ainda mais em Estados como Califórnia e Flórida, ou pelo turismo doméstico que realmente invade as principais atrações.
PROGRAMAÇÃO NAS CIDADES - Para além dos parques e das grandes cidades, há promoções específicas de atrações regionais. Museus, zoológicos, aquários, passeios de barco, observatórios e tours históricos oferecem geralmente descontos para compra antecipada, crianças, idosos e residentes; entrada gratuita em dias específicos do mês (exemplo: primeira quinta-feira ou último domingo); e condições especiais publicadas nos sites oficiais das atrações. Vale a pena conferir o seu itinerário e ajustá-lo antes de viajar para economizar.
TRANSPORTE - Uber, passes de transporte público, alugar carro, automóvel com motorista? Tem que fazer conta, ver a quantidade de pessoas, mas em alguns destinos sabemos que alugar carro não é recomendado, como Nova York, ou que em Orlando o automóvel é essencial, seja por aplicativo ou aluguel. Entre Orlando e Miami, o Brightline passou a ser uma opção rápida, fácil e econômica, mas dependendo da quantidade de passageiros, o carro pode ficar mais em conta. Não quer dirigir? Aí, será a opção ideal.
CRUZEIROS - Falar em custo-benefício é lembrar que uma viagem de navio oferece vantagens e economia com comida, deslocamentos e atrações. Todas as refeições incluídas, com entretenimento e muitos outros benefícios, como a parada em vários portos, lazer para todas as idades e tudo a poucos passos de distância. O land and sea é uma modalidade que cresce a cada temporada, ou seja, incluindo uma parte da viagem em terra, mas os cruzeiristas mais experientes focam apenas na viagem al mare, com pelo menos uma semana, mas muitas vezes com bem mais dias. Miami, Fort Lauderdale, Port Canaveral e Nova York são os portos mais populares para cruzeiros nos Estados Unidos, mas também há opções no Texas, Califórnia e outros Estados. Nos navios, a opção de cabines é bem grande, indo das internas, bem mais baratas, mas com acesso a tudo o que o cruzeiro oferece, até as suítes familiares ou para casais. A diária em um cruzeiro muitas vezes é mais barata que a de um hotel em grandes cidades, como Miami e Nova York.
BAGAGEM, GORJETA E AFINS
Alguns itens podem encarecer bastante a viagem, por isso atente-se e planeje-se. Tarifas aéreas sem bagagem inclusa são muito comuns e atraentes, mas uma mala despachada por custar até US$ 250 em trechos internacionais e US$ 50 nos voos domésticos. Faça a conta e veja se não vai mesmo precisar do despacho de bagagens.
Também as gorjetas viraram uma indústria polêmica nos Estados Unidos. As contas dos restaurantes já vêm com sugestões de 18% a 25%. São sugestões e se o serviço foi bom, é quase obrigatório dar uma gratificação. O “quase” fica por conta de que o valor pode ser decidido pelo cliente. E cuidado com o golpe: em muitos casos o serviço vem na conta e mesmo assim há um espaço para essa gorjeta extra. Questione, pois poderá pagar em dobro. E se o serviço não for bom, chame o gerente e explique a situação.
E vale lembrar que o seguro viagem precisa estar na lista de serviços contratados. Toda economia irá por água abaixo se houver uma emergência médica nos Estados Unidos, onde os custos de atendimento são altíssimos.
Tudo é uma questão de planejamento, o que inclui fazer contas, ver os desejos e necessidades dos viajantes, analisar benefícios e valores agregados... e a satisfação de todos. Fazer o dinheiro render mais nos Estados Unidos exige planejamento, pesquisa e flexibilidade. Usar os passes corretos, aproveitar os eventos gastronômicos, escolher bem o tipo de hospedagem, acompanhar promoções sazonais e utilizar benefícios de programas e cartões podem resultar em uma economia que ultrapassa os 40% do valor total da viagem. Com essas estratégias, o sonho americano continua ao alcance, com muito mais experiências e menos dívidas na bagagem de volta.
Dicas dos operadores
Confira abaixo dicas de operadores especialistas ouvidos pela PANROTAS, durante o IPW 2025, que ocorreu em Chicago no mês de junho.
ABREU

“Os destinos internacionais, especialmente os Estados Unidos, estão visivelmente mais caros no pós-pandemia. Houve um aumento significativo nos preços da hotelaria, das passagens aéreas e até mesmo do custo de vida local. E isso tem sido um dos maiores desafios para quem quer viajar para lá. Em termos de hospedagem, ainda é possível economizar: se você costuma se hospedar em hotéis 5 estrelas, talvez seja a hora de considerar um 4 estrelas; se prefere 4, pode ser necessário optar por um 3 estrelas. Na Flórida, principalmente em Orlando, uma alternativa excelente é o aluguel de casas — dividir o espaço com amigos ou família pode reduzir bastante os custos com estada. Já em outros destinos, como Nova York, isso se torna mais complicado. O Airbnb, por exemplo, está proibido na cidade, e as opções ficam bem mais limitadas. Lá, ou você aceita fazer um downgrade na hospedagem, ou a viagem se torna inviável financeiramente.
Na alimentação, quem estava acostumado a almoçar e jantar fora todos os dias, precisa equilibrar, optando por refeições mais simples ou comprando em mercados. Isso é ainda mais importante quando falamos de famílias. Em Orlando, por exemplo, não dá para fugir de alugar carro nem dos ingressos dos parques, mas dá para reduzir o número de atrações. Em vez de dez parques, visitar nove ou oito, por exemplo.
O mais importante é entender que, para continuar viajando para os Estados Unidos sem estourar o orçamento, será necessário abrir mão de certos confortos. Mas com planejamento e escolhas conscientes, ainda é possível tornar a viagem viável” – Ronnie Correa, diretor da Abreu no Brasil.

AGAXTUR
"A melhor forma de gastar menos nos Estados Unidos é com planejamento. Não dá para sair viajando por impulso. Fiquei recentemente em um hotel que oferecia café da manhã e estacionamento gratuitos, e isso faz muita diferença. Em compensação, em Miami, o hotel cobra US$ 80 por dia de estacionamento. Mas se você pesquisar, pode deixar o carro em um estacionamento público nas redondezas e economizar bastante.
Para passeios, recomendo o City Pass, que usei em Las Vegas. Ele oferece uma ótima economia em várias atrações. É claro que os ingressos para os parques, por exemplo, vão pesar no orçamento, mas fazem parte do planejamento. Se você definir um budget antes, tudo fica mais fácil de organizar" - Aldo Leone, presidente da Agaxtur.
AZUL VIAGENS

“Uma maneira eficiente de viajar para os Estados Unidos gastando menos é planejar a viagem com antecedência e adquirir todos os itens necessários ainda no Brasil. Ao comprar passagens e pacotes em reais, o viajante evita a flutuação do dólar, o que proporciona mais previsibilidade e segurança no orçamento. Além disso, a compra no Brasil permite o parcelamento do valor total, facilitando o pagamento e tornando a viagem mais acessível.
Também é importante ficar atento às promoções, optar por datas alternativas — quando a demanda costuma ser menor — e considerar pacotes completos, que frequentemente oferecem descontos adicionais. Assim, é possível economizar e garantir uma experiência tranquila e bem planejada para os Estados Unidos”
Phelipe Toledo, gerente de Produtos Internacionais da Azul Viagens
BEFLY

“O passo essencial é definir bem o que se quer fazer. O planejamento é essencial para que a viagem atenda às expectativas e caiba no orçamento. Existem muitos destinos nos Estados Unidos em que a própria cidade já é a atração, ou seja, não exigem tanto investimento em ingressos, por exemplo. Conhecer essas possibilidades ajuda muito na hora de montar o roteiro. E quanto mais cedo o viajante se organizar e comprar, melhor. Mesmo os lugares com custos mais altos podem ser viáveis com planejamento, parcelamento e uma programação que se encaixe no bolso e no tempo de cada um” – Sylvio Ferraz, vice-presidente de Produtos e Novos Negócios da BeFly.
COPASTUR

“Na verdade, não acredito que exista uma fórmula única para economizar, mas sim um conjunto de ações que ajudam a controlar os custos. O primeiro passo é planejar com antecedência, pois isso permite ao cliente encontrar melhores opções, ter mais disponibilidade de voos e alternativas de hotéis e quartos.
Com a variação constante do câmbio, uma boa estratégia é comprar moeda estrangeira em momentos diferentes, um pouco de cada vez, para equilibrar o custo médio. São dicas básicas, mas que fazem toda a diferença para manter o orçamento sem precisar sacrificar a qualidade da viagem” – Reifer Souza, Chief Revenue Officer da Copastur.
CVC
Planejar com antecedência e comprar antes de embarcar é fundamental. Contar com a consultoria de um agente de viagens para personalizar o roteiro torna a experiência muito mais assertiva, permitindo ao viajante focar nos pontos de maior interesse. Além disso, ao fechar tudo ainda no Brasil, o passageiro tem a vantagem do parcelamento, do câmbio fixado no momento da compra e evita surpresas desagradáveis na fatura do cartão de crédito”
Paulo Biondo, gerente de Produtos EUA e Canadá da CVC Corp
DIVERSA TURISMO

"Viajar aos Estados Unidos está mais caro devido à inflação e ao câmbio, mas ainda é possível aproveitar o destino com economia. A Diversa Turismo lança duas soluções criativas que ajudam o agente de viagens a oferecer experiências completas e acessíveis.
O projeto Florida 360° combina Orlando com outros cinco destinos imperdíveis: Tampa, St. Augustine, Fort Lauderdale, Kissimmee e Miami. Tudo por um único valor, permitindo estadas mais longas e econômicas. Já o Diversa On The Road aposta no motorhome como alternativa prática e em alta.
Com economia em hospedagem, bagagem e alimentação, o viajante ganha liberdade e flexibilidade para explorar as rodovias e acampar em locais com estrutura completa. A rota inclui cidades-sede da Copa do Mundo de 2026, promovendo imersão cultural e experiências gastronômicas. Ambos os projetos foram pensados para agentes de viagens oferecerem mais valor com menos custo. Mesmo em tempos difíceis, é possível manter os EUA na vitrine com roteiros estratégicos e atrativos" — Georgia Mariano e Mariana Azevedo, da Diversa Turismo.
EHTL

“Mesmo com o dólar em alta e custos como o IOF, é totalmente viável viajar para os Estados Unidos de forma inteligente, econômica e sem abrir mão da qualidade da experiência. O segredo está em um planejamento estratégico aliado a soluções personalizadas. Uma das principais dicas é considerar destinos menos óbvios e cidades secundárias, que entregam vivências autênticas a preços mais acessíveis — como Nashville, Nova Orleans ou cidades da Costa Leste. Também temos apostado em roteiros temáticos, como os de música ou esportes, que permitem ao viajante focar em seus interesses e otimizar tempo e recursos.
Outro ponto fundamental é a reserva antecipada de serviços como hospedagem, aluguel de carro e ingressos de atrações, o que garante melhores tarifas e minimiza o impacto das oscilações cambiais. Além disso, os pacotes completos — que incluem desde o aéreo até o seguro-viagem — costumam ter excelente custo-benefício, com vantagens como parcelamento em reais e suporte local. Também percebemos um aumento na procura por roteiros de carro e viagens em grupo, opções que diluem custos e proporcionam experiências mais completas.
Em resumo: viajar para os Estados Unidos continua sendo possível e muito prazeroso, mesmo em um cenário desafiador. O mais importante é contar com uma operadora que entenda o destino, ofereça variedade de opções e saiba montar o roteiro ideal para cada perfil e orçamento”
Flávio Louro, CEO da EHTL
EZLINK

“Hoje, com a situação econômica que estamos vivendo, o viajante brasileiro tem feito verdadeiros malabarismos para continuar viajando.Trocar uma viagem de 15 dias por uma de 10, reduzir o hotel de 100 dólares para um de 50, procurar atrações gratuitas ou com custo menor... No fim, isso pode acabar comprometendo a experiência.
Como eu comentei sobre o mercado brasileiro este ano, não vejo aumento no fluxo para os Estados Unidos — pelo contrário, vejo uma retração, mesmo com os esforços das operadoras em oferecer parcelamentos. Isso, no fim das contas, é só empurrar o problema para frente. Enquanto isso, mercados como o europeu, o chinês, o mexicano e até o argentino devem crescer cerca de 15% nos EUA.
Agora, claro, sair do lugar-comum pode ajudar. Viajar para estados menos turísticos, no centro dos EUA, por exemplo, reduz bastante o custo. Mas não dá para negar: o cenário atual pede criatividade e muita cautela” — Leo Segantin, diretor da EZLink.
FRT

“A escolha do roteiro certo e o apoio de uma operadora estruturada fazem toda a diferença na experiência de viagem. E quando falamos em viajar para os Estados Unidos com inteligência financeira, o planejamento antecipado é essencial.
Na FRT, temos trabalhado com condições facilitadas, parcelamentos atrativos e pacotes combinados que incluem aéreo, terrestre e seguro, otimizando o custo total da viagem. Além disso, estamos investindo em iniciativas promocionais e, em breve, lançaremos a nossa grande Campanha de Vendas chamada Festança Premiada, que promete movimentar o mercado e gerar excelentes oportunidades para os agentes de viagens e seus clientes” – Thais Machado, diretora de Produtos Internacionais da FRT.
INTEREP

“Viajar com conforto e sofisticação não precisa ser sinônimo de gastar mais. Com planejamento e escolhas inteligentes, é possível aproveitar destinos de luxo nos Estados Unidos sem comprometer o orçamento. Muitos hotéis de categoria superior oferecem benefícios que fazem a diferença, como créditos para spa, amenities exclusivas e programas de fidelidade que garantem upgrades ou noites gratuitas, então vale a pena pesquisar essas vantagens na hora da hospedagem para garantir mais pelo seu dinheiro.
Conhecer um destino pode ser ainda mais enriquecedor ao combinar passeios exclusivos com atividades gratuitas, como visitas a parques, museus e eventos locais. Essa combinação não só enriquece o roteiro, como também proporciona uma experiência mais autêntica, muitas vezes próxima do dia a dia dos moradores da região.
Planejar a viagem com antecedência e fora da alta temporada pode gerar economias significativas em passagens aéreas, hospedagem e passeios. Para viajantes frequentes aos EUA, explorar destinos menos tradicionais pode oferecer experiências igualmente memoráveis. Existem muitas cidades assim, especialmente na Flórida e no Sul do país.
Em resumo, reservar produtos que incluem benefícios como créditos, upgrades e ingressos para atrações gratuitas é uma excelente estratégia para aproveitar ao máximo a viagem, agregando valor e equilibrando custo e conforto”
Vilmara Souza, gerente de Produtos da Interep
LUSANOVA

“A resposta para essa pergunta envolve muitas variáveis, mas acredito que o ponto chave é o planejamento aliado à antecipação. Planejar com antecedência ajuda a definir melhor os destinos e atrações a serem visitadas, evitando perda de tempo e, consequentemente, de dinheiro.
A escolha dos hotéis, por exemplo, pode ter um impacto significativo no orçamento. Muitas vezes, ao se hospedar a poucos quilômetros dos centros turísticos, é possível economizar de 30% a 40% nas diárias. O mesmo vale para a forma de pagamento: alguns bancos oferecem promoções com IOF reduzido para compras internacionais, o que pode representar uma economia considerável.
É importante também alinhar o destino ao foco da viagem. Se o objetivo for compras, vale considerar Estados com menos impostos ou até mesmo livres de taxa estadual, como o Texas. Por fim, comprar com antecedência — tanto passagens quanto serviços terrestres — tende a garantir os melhores preços e condições. Esse é o momento ideal para que os agentes de viagens mostrem seu valor: uma consultoria bem-feita gera benefícios reais para o cliente, tanto em comodidade quanto em economia” – Sergio Vianna, diretor da Lusanova.
MAGIC BLUE

“A verdade é que os Estados Unidos continuam sendo o destino dos sonhos para muitos brasileiros, mesmo com o dólar oscilando, inflação e todo esse ‘show à parte’ da política americana.
O segredo está no planejamento inteligente. Aqui na Magic Blue, ajudamos nossos clientes a montarem roteiros personalizados que otimizam tempo, deslocamentos e gastos. A escolha de hospedagens com bom custo-benefício, os períodos de baixa temporada e o uso de combos para atrações são algumas das estratégias que realmente fazem a diferença no bolso.
Além disso, incentivamos experiências autênticas que não dependem só de grandes ingressos, como explorar bairros locais, cidades próximas, mercados, parques e atividades culturais gratuitas. Viajar bem não é gastar muito — é gastar com propósito. E isso a gente sabe fazer com magia” — Joice Ferreira, diretora da Magic Blue.
ORINTER

“Os Estados Unidos investem muito em cultura e aproveitam a sazonalidade para oferecer atividades acessíveis ou até gratuitas, especialmente na primavera e no verão. Muitas cidades, como Chicago e San Francisco, têm programações culturais riquíssimas, com concertos ao ar livre, parques, praias urbanas e atrações que custam pouco ou nada.
Vale a pena o viajante consultar os sites oficiais de turismo das cidades, que são muito bem-feitos e atualizados com eventos, dias com entrada gratuita em museus e descontos especiais. Além disso, é importante desmistificar a ideia de que viajar aos EUA se resume a Orlando e Miami. São destinos relevantes, sim, mas há muitas outras cidades com perfil mais acessível, menos voltado a grandes ingressos e que oferecem experiências autênticas e econômicas. O segredo está em explorar além do óbvio” - Giovanna Paulineli, diretora de Operações Internacionais, e Jorge Souza, diretor de Marketing da Orinter.
SUNCOAST

“A minha principal dica para viajar gastando pouco é o bom e velho planejamento. Comprar passagens com antecedência e considerar rotas alternativas faz toda a diferença. Por exemplo, Miami tem a maior malha aérea do Brasil para os Estados Unidos, o que geralmente garante voos mais baratos. E com o trem Brightline conectando Miami a Orlando, é possível economizar bastante no deslocamento entre as cidades.
Na hotelaria, buscar acomodações fora das áreas mais turísticas pode gerar uma boa economia — regiões em ascensão oferecem ótimas opções por preços menores. E na alimentação, vale muito a pena optar por hotéis com minicozinha ou facilidades como micro-ondas e cafeteira. Eu mesmo costumo comprar itens de café da manhã e preparo no quarto.
Outra dica é usar o transporte público local. Com o IOF alto, o Uber e outros apps acabam ficando mais caros. Em cidades como Chicago, por exemplo, o trem funciona super bem e é muito mais econômico — eu mesmo fui do aeroporto ao hotel de trem, sem complicação.
Também recomendo os ônibus turísticos tipo hop-on hop-off, que são ótimos para conhecer várias atrações gastando pouco, e muitas vezes podem ser adquiridos no Brasil com antecedência. Além disso, viajar em grupo ajuda a diluir custos: alugar carro, dividir hospedagem ou até mesmo mudar a categoria do hotel pode reduzir significativamente o valor total.
O importante é não desistir de viajar, é totalmente possível fazer isso de forma inteligente planejada e sem comprometer a experiência” – Josy Ribeiro, gerente de Vendas da SuncoastUSA.