Artur Luiz Andrade   |   04/05/2020 10:23
Atualizada em 04/05/2020 10:36

Gol espera voltar a voar com 737-MAX no segundo semestre

Gol espera voltar a voar com 737-MAX no segundo semestre, fazendo do avião o principal de sua frota


Divulgação

“A Gol gostaria de celebrar mais um resultado trimestral de crescimento excepcional, entretanto, foi atingida por um fator externo de magnitude inimaginável. A companhia agiu rapidamente para enfrentar esse desafio e agradece a cada um de seus colaboradores pela clara atitude de motivação e engajamento com o propósito coletivo de ser a primeira para todos”, disse o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, na divulgação do balanço do primeiro trimestre.

A empresa obteve lucro operacional pelo 15º trimestre consecutivo. A margem operacional (EBIT) recorrente foi de 29,8%. O lucro operacional (EBIT) recorrente foi de R$ 937,9 milhões, R$ 391,7 milhões superior em relação ao 1T19. A margem EBITDA recorrente atingiu 45,7%. O EBITDA recorrente foi de R$1,4 bilhão, R$ 488 milhões acima do registrado no mesmo período do ano anterior.

A Gol estima em cerca de R$ 2,4 bilhões em reduções de custo, eliminações de investimentos e adiamentos de pagamentos em 2020. Em março, a empresa comunicou o cancelamento do plano de reorganização societária da controlada Smiles, com o objetivo de manutenção da liquidez de cerca de R$1,5 bilhão de caixa, “decisão fundamental para este período de enfrentamento de crise”.

“O plano de preservação de 90 dias que a Gol implementou no início de março foi apenas o primeiro capítulo da sua estratégia de resposta à covid-19. Como haverá muitos meses de recuperação à frente, a companhia está trabalhando com muito empenho para a máxima eficiência possível na gestão de seus recursos”, garante a empresa.

“Estamos trabalhando com muito empenho, estruturação e máxima eficiência possível na gestão de nossos recursos. Mesmo diante das mudanças macroeconômicas, mantivemos a nossa composição de liquidez com mais de R$ 7 bilhões de fontes, o que nos deixa em uma posição forte para enfrentar esta crise”, disse o vice-presidente Financeiro da Gol, Richard Lark.

“Estamos focados em cuidar de nossos clientes e colaboradores, preservar a liquidez financeira da companhia, construir um plano para recuperar os negócios durante o período de retorno, e acelerar o progresso de nossa estratégia de crescimento a longo prazo. Tudo isso ressalta relevância do modelo de negócios da Gol como a empresa aérea de baixo custo mais bem sucedida no Brasil, porque os viajantes desejam a melhor tarifa sem comprometer a segurança. Estaremos prontos para apoiar nossos colaboradores e as necessidades de nossos clientes quando o setor aéreo começar a sua retomada”.

737 MAX DE VOLTA À FROTA
Um acordo com a Boeing foi finalizado permitindo à companhia o cancelamento de 34 pedidos, reduzindo os pedidos firmes remanescentes para aeronaves 737 MAX de 129 para 95 e aumentando a flexibilidade para atender às necessidades futuras de frota.

O plano de malha programada para 2020 já contemplava uma redução orgânica de praticamente 20% da frota da Gol, dado que ao longo do ano de 2019 foram incluídas 19 aeronaves em extensões e subleasing para suprir a demanda, devido à paralisação do Boeing 737 MAX e à manutenção não planejada do pickle fork.

A malha da Gol é focada predominantemente no Brasil, o que, de acordo com a empresa, favorecerá a companhia, pois se espera que a demanda nos mercados domésticos de negócios e Turismo se recupere em ritmo muito superior aos internacionais.

A estimativa é que o 737 MAX retorne à operação no segundo semestre de 2020, baseada nas mais recentes projeções da Boeing, e que ele seja o avião da Gol no futuro que transportará os clientes “com a máxima segurança e eficiência de combustível”.

“Não temos dúvidas de que, uma vez superada essa crise, teremos aprendido lições importantes de como podemos trabalhar juntos de forma mais eficaz como companhia. Embora o futuro imediato seja incerto, estamos equipados para nos adaptar a mudanças corporativas repentinas. Vale lembrar que, como todas as crises, essa também passará. E, ao final desse processo, estamos confiantes de que a Gol será ainda mais forte”, concluiu Kakinoff.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.