Para 81%, risco de cancelamento é barreira para reservar viagens
Período de grandes cancelamentos durante início da pandemia levou a problemas com reembolsos dos viajantes

Diante disso, as companhias aéreas estão tomando medidas proativas para superar a incerteza de reembolso por meio de novas opções de pagamento. Uma transportadora europeia assumiu a liderança com a opção “Pague ao Voar” (PWYF – Pay When you Fly), permitindo que os viajantes façam uma reserva de voo (que também inclui um hotel ou aluguel de carro) pagando um depósito de cerca de 15% e, em seguida, acertando o saldo algumas semanas antes da viagem.
Segundo o levantamento, o PWYF é a opção de pagamento mais atraente (39%) em comparação aos esquemas tradicionais de pagamento na reserva (36%) e o “Compre agora, pague depois” (BNPL – Buy Now Pay Later), que exige que o viajante celebre um contrato de crédito para todo o saldo (24%).
Além de aumentar a confiança ao superar a incerteza de reembolso, esta modalidade pode aumentar as receitas da indústria com os viajantes dispostos a gastar 36% a mais por viagem, em média, e 49% dos passageiros mais propensos a incluir serviços adicionais, como refeições e bagagens, se o PWYF for oferecido pela companhia aérea.
“Estamos entrando em uma fase crítica para a recuperação das viagens e nosso setor precisa criar confiança em todas as oportunidades. Acreditamos que o PWYF aumentará a confiança do viajante, incentivando o planejamento e a reserva de viagens, mesmo em um ambiente incerto, com mudanças nas restrições governamentais. A nova abordagem também pode resultar em reservas de maior valor, porque os passageiros só precisam fazer o saldo do pagamento quando estiver claro que o voo partirá conforme planejado”, diz o head de Incubação de Produtos de Pagamento na Amadeus Payments, Nicolas Ortiz.