Karina Cedeño   |   27/09/2023 20:53

5 motivos para o agente incluir parques nacionais em suas vendas

Tema foi debatido durante a Abav Expo 2023, que acontece no Rio de Janeiro


PANROTAS / Marluce Balbino
Artur Andrade (PANROTAS), Pedro Cleto (Parquetur), Lena Matos (Roraima Adventures) e Rodrigo Góes (Instituto Semeia) participaram do painel que debateu o tema
Artur Andrade (PANROTAS), Pedro Cleto (Parquetur), Lena Matos (Roraima Adventures) e Rodrigo Góes (Instituto Semeia) participaram do painel que debateu o tema

Quando o assunto é o Turismo do Brasil em parques nacionais, estaduais e municipais, fica claro que o produto tem um grande potencial de venda. É o que mostrou o painel "Revolução do Turismo em Parques", realizado hoje (27) na Abav Expo 2023, que acontece no Rio de Janeiro.

Mediado pelo editor-chefe da PANROTAS, Artur Andrade, o debate contou com a participação do gerente de Projetos do Instituto Semeia, Rodrigo Góes, da sócia proprietária da Roraima Adventures, Lena Matos, e do diretor executivo dos parques da Parquetur, Pedro Cleto. Na ocasião, os profissionais falaram as razões pelas quais a visitação nos parques está aumentando e por que eles são um produto indispensável na prateleira dos agentes de viagens. Confira quais são os motivos.

1- Aumento da visitação nos parques é constante

“O Brasil é um lugar privilegiado com sua natureza e é reconhecido internacionalmente. A Forbes apontou o Brasil como principal destino de ecoturismo do mundo, até mesmo à frente do México, da Austrália e de outros países. A tendência é o aumento na visitação de parques, que tem se mostrado constante: de acordo com uma pesquisa do Instituto Semeia, 40% dos brasileiros querem frequentar mais os nossos parques, que têm potencial para receber mais de 56 milhões de visitantes, volume cinco vezes maior do que recebemos hoje em nossas unidades de conservação” destaca Góes.

2- Parques são hoje a grande aposta do setor privado

Ainda de acordo com Góes, o setor privado tem olhado para os parques não só como uma fonte de lazer, diversão e proteção da natureza, mas também como negócio. “Um exemplo disso é o Parque Nacional do Iguaçu, que receberá mais de R$ 500 milhões de investimentos, e esse novo momento também tem sido vivido por outros parques no Brasil. Hoje há mais de 70 parques em estruturação inseridos em programas de concessões”, conta.

3 - Novas experiências nos parques

Com tantos investimentos, as melhorias nos parques são uma consequência e, com isso, surgem novas experiências para os visitantes. “No Parque Caminhos do Mar, por exemplo, inauguramos uma tirolesa e isso impulsionou a visitação de forma exponencial. Antes da tirolesa, o parque recebia 12 mil pessoas por ano e depois que o atrativo foi inaugurado, vamos bater 100 mil visitantes neste ano”, conta o Pedro Cleto, da Parquetur.

4- Há parques para todos os perfis de visitantes

Seja para casais, grupos de amigos, pessoas que viajam sozinhas ou pessoas idosas, o Brasil tem uma grande variedade de parques para todos os perfis de visitantes. "Há opções para crianças de seis anos até idosos de 82. No Parque Nacional Viruá, por exemplo, trabalhamos com roteiros de observação de aves, de orquídeas, experiências transcendentais, como a prática de yoga, e agora em outubro teremos o primeiro pacote só para mulheres viajantes", conta Lena Matos, da Roraima Adventures.

5- Parques estão mais organizados e acessíveis

"O aprimoramento dos serviços dos parques já está acontecendo e vai crescer mais. Com as concessões, podemos oferecer mais estrutura para os visitantes. E um parque que tem ordenação e oferece segurança para o visitante também dá às agências de viagens a segurança de que estão levando seus passageiros a um lugar lugar seguro e bem organizado", destaca Pedro Cleto, da Parquetur. E a questão da acessibilidade também é importante para atrair mais visitantes. "A tirolesa do Parque Caminhos do Mar, por exemplo, é totalmente acessível, podendo ser usada também por cadeirantes", conta.

O que impede a chegada de mais visitantes aos parques?

Quais são os entraves que impedem a chegada de mais visitantes aos parques nacionais? A pergunta foi feita pelo editor-chefe da PANROTAS, Artur Andrade, aos demais participantes.

"Uma pesquisa feita pelo Instituto Semeia mostra que 48% dos parques do Brasil não têm banheiro, nem um centro de visitantes, e é neste cenário que as concessões começaram a ganhar tração. Diante desse número fica claro que não adianta ter crescimento nos parques se o produto não está estruturado e seguro para a visitação. É preciso fazer investimentos nisso, implementando nestes locais esses centros de visitantes, uma loja de souvenir, para que a visitação possa acontecer e aumente", destaca Góes.

"Sem falar que, em alguns parques, há o desafio de chegar e se locomover lá dentro, não há integração entre o parque e outros atrativos menores e isso faz com que os visitantes gastem muito tempo para ir de um lugar ao outro. Em outros casos, não há uma rede de hospedagem próxima ao parque, os alimentos e bebidas estão disponíveis em vários preços, sem falar que alguns roteiros fiquem mais caros porque são mais isolados", comenta o gerente de Projetos do Instituto Semeia.

Acompanhe no Portal PANROTAS a cobertura completa da 50ª Abav Expo. Para não perder nenhuma notícia, acesse https://www.panrotas.com.br/tudo-sobre/abav-expo.

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